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18/12/2008 - 09:20

Agentes apresentam alternativas de financiamento às empresas; procura por crédito cresce na CEF

As empresas brasileiras dispõem de algumas boas opções para enfrentar a redução da oferta de crédito pelo mercado financeiro em razão da crise econômica. Foi o que demonstraram Paulo Sérgio do Amaral, gerente regional de Pessoa Jurídica da CEF – Caixa Econômica Federal, e Nelson Rozental, sócio da BRZ Investimentos, que participaram no dia 15 de dezembro (segunda-feira), em São Paulo, do seminário “O posicionamento do mercado diante da crise financeira internacional”, promovido pelas Empresas Trevisan.

Segundo Amaral, apesar de a procura por crédito da instituição federal ter crescido substancialmente, a CEF tem atendido a grande parte das empresas que solicitam os financiamentos, sempre dando atenção ao seu enquadramento e à análise de capacidade de pagamento de cada uma. Ele destaca, por exemplo, que em sua regional (que inclui cidades próximas a Piracicaba, no interior de São Paulo), a procura por empréstimos a pessoas jurídicas avançou mais de dez vezes desde o mês de julho.

O executivo lembra que a CEF possui hoje mais de 40 diferentes itens de crédito destinados desde as microempresas até as grandes corporações, divididas entre três modalidades básicas: Capital de Giro; Antecipação de Receitas; e Financiamentos.

Amaral destacou que, com exceção dos financiamentos com correção fixada na variação das taxas dos CDI (Certificados de Depósitos Interbancários), em todas as demais linhas de crédito foram mantidas as mesmas taxas de juros, prazos para liquidação e formas de negociação de antes do início da atual crise.

Em 2008, de acordo com Amaral, a CEF dispõe de cerca de R$ 60 bilhões destinados ao financiamento de pessoas jurídicas, recursos já praticamente esgotados. Para 2009, a expectativa é que esse montante venha a atingir R$ 100 bilhões. O executivo explica que, para alcançar tal montante, a Caixa dispõe, por exemplo, de boa liquidez; captações recorde em poupança e CDB motivadas pela busca de segurança representada pela instituição federal; e garantias relativas ao gerenciamento de recursos para 4.354 obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Já Nelson Rozental apresentou a opção de financiamento a partir dos fundos de private equity, pelos quais as empresas contam com a participação de parceiros que, além de aportar recursos, contribuem na organização da gestão das companhias. Os investidores desse tipo de fundo buscam oportunidades em empresas que apresentam grande potencial de crescimento e exigem das mesmas o desenvolvimento da cultura do foco em resultados, práticas de governança corporativa e adoção de técnicas e ferramentas avançadas de gestão financeira.

Em razão das características específicas do tipo de investimento e do envolvimento criado entre aqueles que fazem os aportes de recursos e a empresa que os recebe, além do risco envolvido na transação, a exigência de retorno ao investimento é elevada, variando de 15% a 30% ao ano, segundo explica Rozental. “O ano de 2008 vai ser muito bom (para o mercado de fundos de private equity), e 2009, apesar da crise, acredito que vai ser um bom ano”, avalia Rozental.

“A diferença entre o fundo de private equity e o financiamento do banco é que este último não consegue agregar recursos de gestão da empresa”, explica Amaral. “Por outro lado, o crédito bancário é acessível tanto às microempresas, quanto aos grandes grupos empresariais”, acrescenta.

O seminário - Com o objetivo de esclarecer importantes tópicos da atual crise e auxiliar nas próximas ações que serão tomadas por companhias de diversos segmentos, as Empresas Trevisan (Trevisan Consultoria, Escola de Negócios, Outsourcing e BDO Trevisan) promoveram na segunda-feira, 15 de dezembro, o seminário "Posicionamento do mercado diante da crise financeira internacional - perspectivas, estratégias e táticas; primeiro teste do padrão IFRS; mercado de capitais; governança corporativa; controles internos; private equity; e alternativas para o crédito".

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