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19/12/2008 - 10:04

Crise força reengenharia financeira

O que os empreendedores brasileiros devem esperar para 2009? Apesar de inúmeras especulações sobre o ano que vem, ou pelo menos em relação ao primeiro semestre, fato é que não se deve esperar por nada. O importante é fazer. Como o país está lutando contra uma fera no escuro, sem saber quais são suas reais dimensões, há que se optar pelo menos por uma reengenharia financeira.

Por reengenharia financeira, entendemos não só que as empresas terão de fazer uma análise precisa de seus quadros de funcionários, mas também harmonizar prazos de pagamentos e de cobranças, reduzir gastos inúteis, rever as negociações com fornecedores e bancos, além de administrar melhor a entrega de produtos ou a realização de serviços. Esse conjunto de medidas é o primeiro passo no sentido de recuperar o equilíbrio financeiro.

A crise mundial de crédito, comparada por tantos ao “crash de 1929”, na verdade é uma situação inédita para a grande maioria dos empresários – que se encontram amedrontados ou até mesmo aterrorizados, dependendo do ramo de negócios e do país em que atuam. Mas, uma coisa é certa: essa sensação é contagiante. Tanto que os países da América Latina já estão tomando medidas diversas.

No Brasil, mesmo com o Governo reduzindo o tamanho da mordida do leão do imposto de renda e o preço do carro zero, na tentativa de injetar confiança na população e estimular o comércio, a sensação de congelamento de expressões ainda é grande. Ou seja: “Não vamos fazer nada para ver como é que fica”. A população tem lá suas razões e parecem bastante legítimas.

Um modelo de sistema financeiro robusto tem de contar menos com recursos estrangeiros e mais com investidores nacionais. Para isso acontecer, é preciso dar garantias passíveis de serem cumpridas e estimular a economia interna. Obviamente, a globalização dos mercados financeiros e a sua liberalização reviveram a máxima de que a casa do vizinho é mais bonita que a nossa. Nos últimos anos, principalmente, essa forma-pensamento tem aquecido as relações entre empresas brasileiras e mercados de ações estrangeiros e vice-versa.

Essa interdependência econômica é o que tem deixado uma boa fatia do empresariado brasileiro em estado de alerta. De repente, nossa economia verde-amarela se vê manchada pelas tintas dos movimentos especulativos estrangeiros. Sendo assim, não tratamos mais da crise nos Estados Unidos, Europa e Ásia. O problema passa a ser nosso também. E exige essa reengenharia financeira no sentido de percebermos a importância de uma regulamentação prudente do setor bancário e das operações domésticas.

. Por: Norberto Caldeira, diretor administrativo da Brasanitas Serviços Integrados (www.brasanitas.com.br), empresa que atua há 46 anos no segmento de facilities management.

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