'A mulher e a empresa'

O empreendedorismo feminino conquista espaço crescente no mercado de trabalho brasileiro, conforme temos verificado em pesquisas e na própria atividade cotidiana de apoio a micro e pequenas empresas no âmbito do Sebrae/RJ. Um estudo mundial mostrou que as brasileiras são maioria entre os negócios iniciais (com até três anos e meio de existência), só perdendo para as norte-americanas e chinesas, portanto para mulheres de países com população muito maior que a nossa.

Esta é uma boa notícia para se dar no Dia Internacional da Mulher, que se celebrou dia 8 de março. Mesmo quando se considera que parte desse empreendedorismo resulta da pressão de necessidade, e não apenas de oportunidades, o fato é que a presença da mulher na criação e condução de micro e pequenas empresas revela uma mudança positiva rumo a um maior equilíbrio entre empreendedorismo feminino e masculino. Além disso, aponta na direção de melhores condições de independência econômica da mulher.

Em realidade, embora ainda haja algum preconceito contra a mulher no mercado de trabalho e em sua vida profissional e social, a situação vem mudando rapidamente nas últimas décadas. No Governo Lula, uma Secretaria especial, em nível ministerial, foi criada para conduzir políticas públicas voltadas para a proteção e valorização da condição feminina, o que representa um passo político significativo nesse campo. Hoje não temos apenas um dia para homenagear a mulher. Trata-se, sim, de uma agenda permanente.

Entre as várias iniciativas que, no Estado do Rio e no Brasil, estão sendo empreendidas nesse campo, duas merecem destaque. A primeira é o Prêmio Mulher Empreendedora 2006, concedido anualmente pelo Sebrae para divulgar ações bem sucedidas gerenciadas por mulheres ou grupos de mulheres que sirvam de exemplo para quem deseja abrir um negócio próprio. A segunda é o lançamento, no dia 12, em Cabo Frio, do pólo regional de Mulheres Criativas, nova versão do programa Rio Mulher. Nos dois casos, a mulher empreendedora é o foco das atenções, de forma a criar emulação no conjunto da população feminina em condições de empreender.

. Por: Sérgio Malta, superintendente do Sebrae/RJ