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20/12/2008 - 07:08

Exportações de couros somaram US$ 1,78 bilhão até novembro de 2008


Mas indústria está preocupada com a queda contínua dos embarques em 2008 tanto em receita como em volume.

As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 1,78 bilhão até novembro, contabilizando decréscimo de 11% em comparação ao acumulado passado, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Mantendo-se a média mensal até agora contabilizada, as vendas externas de couros em 2008 podem alcançar ao redor de US$ 2 bilhões, reduzindo em US$ 500 milhões as expectativas originais da indústria curtidora para este período. Em relação aos couros bovinos, as exportações registraram US$ 1,76 bilhão, redução de 11 % nos onze meses deste ano.

A despeito da queda das vendas externas, a contribuição do setor curtidor para o saldo de US$ 22,43 bilhões da balança comercial brasileira é expressiva, representando, até novembro, quase 8% do total.

“A indústria curtidora está muito preocupada com a queda contínua dos embarques ao longo de 2008, tanto em receita quanto em volume, fruto do longo período do câmbio apreciado, além dos já conhecidos obstáculos do Custo Brasil (altas taxas de juros, excessiva burocracia, precariedade do sistema de infra-estrutura etc.), e agravada pela crise internacional nestes últimos meses”, alerta o presidente do CICB, Luiz Bittencourt.

Para contrapor-se a este cenário, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) vem propondo junto ao governo o reajuste no Revitaliza (programa do Governo Federal que concede linhas especiais de financiamento a capital de giro, investimento e exportação). “A ociosidade na indústria já supera os 40%. Nessa época de incertezas, crédito escasso e negócios reduzidos, o que os setores produtivos precisam é de capital de giro”, afirma Bittencourt.

Dentre outras medidas, o CICB também vem pleiteando a imediata agilização na restituição de créditos federais e estaduais retidos em operações de exportação; a criação de linhas de crédito para capital de giro puro e a desoneração da produção.

No mês de novembro, os principais destinos do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, ambos com US$ 568,87 milhões (31,8% de participação); Itália, com US$ 483,9 milhões (27,12% de participação); e Estados Unidos, US$ 162,45 milhões (9,11%). No período, o Vietnã foi o mercado que mais cresceu (82%), somando US$ 84 milhões. Os demais países que adquiriram o produto nacional foram: a Indonésia comprou US$ 59,7 milhões do produto nacional (incremento de 13%), México, que adquiriu US$ 43,35 milhões, crescimento de 24% ante 2007, enquanto a Alemanha aumentou suas compras em 35%, importando US$ 37,26 milhões, e a Noruega, que importou US$ 27,42 milhões do couro brasileiro (aumento de 74%).

O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) é uma entidade federativa que representa, há 51 anos, cerca de 800 empresas de produção e processamento de couro. O complexo industrial emprega cerca de 50 mil pessoas, movimenta um PIB estimado em US$ 3,5 bilhões e recolheu impostos da ordem de US$ 1 bilhão em 2007.

Principais estados exportadores - O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros até novembro, em comparação aos onze meses de 2007, indica que São Paulo continua na liderança estadual (US$ 543,68 milhões, participação de 30,47% e redução de 23%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 479 milhões, participação de 26,85% e igual receita ao período anterior), Ceará (US$ 176,12 milhões, 9,87% e aumento de 37%) e Mato Grosso do Sul (US$ 97,94 milhões, 5,5% e queda de 18%). Os demais estados são Bahia (US$ 96,84 milhões), Paraná (US$ 95 milhões), Goiás (US$ 80,7 milhões) e Minas Gerais (US$ 76 milhões).

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