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23/12/2008 - 09:12

Uma realidade em crescimento

A terceirização de serviços e atividades passou a ser encarada como ferramenta estratégica para diminuir custos e aumentar a eficiência na administração pública. Setor de Segurança Privada é um dos que mais cresce com essa tendência.

Brasília – Se os índices de criminalidade relutam em cair no Brasil, a sociedade arregaça as mangas e provoca um fenômeno mercadológico: a terceirização no campo da segurança. Segundo dados do II Estudo do Setor da Segurança Privada (Esseg), produzido pela Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), a segurança privada emprega cerca de meio milhão de pessoas. Em todo o Brasil existem cerca de 1500 empresas que atuam neste segmento.

E o Estado considera as atividades das empresas de segurança privada como complementares da segurança pública, conforme expresso na Port. Nº 387/2006, expedida pelo Departamento de Polícia Federal DPF.

No contexto da terceirização em geral, no qual se situa também a atividade de segurança privada, um dos pontos mais favoráveis à terceirização é o fato de que consistir numa opção com um forte viés de redução de custos como também de maior eficiência. Todas as tarefas que não fazem parte da atividade – fim ou específica da organização passa a ser realizadas por terceiros. Assim cresceram os segmentos de limpeza e conservação, manutenção predial, jardinagem, paisagismo, copeiragem, informática e tantas outras, destacando-se dentre elas a segurança privada. Nas organizações empresariais modernas a terceirização é uma possibilidade concreta para se obter vantagem competitiva. E nas organizações públicas, como no caso das brasileiras, com o estrondoso crescimento populacional das últimas três décadas, a terceirização de serviços e atividades se tornou poderoso instrumento de cumprimento de suas finalidades, na busca de atendimento adequado ás necessidades do povo.

O grande crescimento, em escala internacional, dos serviços particulares de proteção, observado principalmente nos grandes centros urbanos a partir de meados do século XX, pode ser facilmente visualizado nas diversas áreas de atuação do setor: segurança eletrônica, segurança patrimonial (comercial, bancária, residencial, industrial, condominial, de eventos diversos e dos órgãos públicos); segurança pessoal, escolta armada e monitoramento no transporte de valores e de cargas, além do treinamento dos profissionais que atuam na área da segurança.

O setor de segurança privada vem passando por transformações constantes, tanto com o avanço da tecnologia dos equipamentos utilizados quanto pelos profissionais que atuam no mercado de trabalho. “ Está muito longe a época em que segurança privada pressupõe apenas um vigilante em um posto. Hoje os gestores de segurança privada, já contando até com curso universitário específico, de graduação e pós-graduação, se atualizam constantemente e buscam informações sobre as alterações e evoluções de equipamentos e técnicas de segurança, pois o mercado está cada vez mais exigente e competitivo, desenvolvendo-se de forma integrada: sistema eletrônico e recursos humanos, observa Irenaldo Pereira Lima, diretor do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transportes de Valores do Distrito Federal (Sindesp/DF).

Segundo Irenaldo, além do constante investimento por parte das empresas, o crescimento do setor acontece porque as empresas continuam contratando os serviços terceirizados. “Sabemos que a criminalidade cresce desenfreada, pois a segurança pública não consegue dar o retorno de proteção que a população necessita. Assim, a segurança privada surge como uma alternativa essencial. De acordo com dados de uma pesquisa feita pelo Centro Nacional de Modernização, 86% das empresas entrevistadas já contrataram algum tipo de serviço terceirizado”, argumenta o diretor.

A rápida ascensão do ramo de segurança privada em todo o mundo está também diretamente ligada ao aumento de riqueza em cidades, Estados ou regiões, ou seja, ao crescimento do patrimônio. "O crescimento do setor se deve, principalmente, ao aumento da renda do país, da população, de residências, entre outros", explica Lima.

Contratações – Lima diz que os órgãos públicos são os maiores contratantes dos serviços de segurança privada no DF. "Fazendo uma média entre as empresas filiadas ao Sindicato, eles representam 65% dos clientes que as empresas atendem", afirma. A justificativa, na opinião do diretor, é que a contratação de serviços terceirizados é uma opção econômica, eficiente e viável para os órgãos que desejam evitar altos gastos.

Entretanto, para o diretor, algumas atitudes precisam ser tomadas. “O pregoeiro representa uma peça fundamental nas licitações, pois é o seu veredicto que decide o rumo das contratações. Porém, a procura por preços mais baixos, além de diminuir a competitividade, compromete a credibilidade do serviço de segurança privada. Assim, é necessário que os pregoeiros tenham mais responsabilidade, conhecimento, qualificação e preparo na hora de realizar e sentenciar uma licitação”, justifica Lima.

Por fim, o diretor explica que a presença de um vigilante e o fato dele estar armado inibe mais possíveis atos criminosos. "A pessoa, percebendo a presença de um segurança, pensará duas vezes antes de cometer algum delito", finaliza.

Perfil - O Sindesp/DF é filiado à Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e associado à Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio/DF). Hoje, conta com 37 associados, que geram mais 14 mil empregos diretos.

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