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24/12/2008 - 07:22

Marinha diz que construção de submarinos com franceses beneficiará indústria nacional

Brasília - A Marinha celebrou a assinatura do acordo de cooperação franco-brasileiro, firmado no dia 23 de dezembro (terça-feira), na área de Defesa. Segundo a Força, a transferência de tecnologia francesa para a construção, no Brasil, de cinco submarinos irá beneficiar a indústria nacional e gerar novos empregos, além de contribuir para que o país concretize seu programa de desenvolvimento das forças submarinas.

Por meio de nota divulgada esta tarde, a Marinha informou que o acordo prevê a transferência da tecnologia necessária não somente para os projetistas militares, mas também para diversas empresas brasileiras, que irão participar do processo de construção de quatro submarinos convencionais e do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

Segundo a Marinha, está previsto um elevado índice de nacionalização na fabricação dos submarinos. “Até o momento, já há mais de trinta empresas nacionais envolvidas, que contribuirão com mais de 36 mil itens, inclusive sistemas complexos”, garante a nota.

Além disso, um estaleiro será construído em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, para abrigar a construção do submarino nuclear. O local também poderá servir à produção de submarinos convencionais e contará com uma base naval de apoio a essas embarcações. Segundo o governo do Rio de Janeiro, as obras serão tocadas pela Odebrecht e pelo Consórcio Sepetiba.

Ainda segundo a Marinha, todo o processo de fabricação dos submarinos, consideradas as construções do estaleiro e da base naval, gerará mais de dois mil empregos diretos e cerca de seis mil indiretos.

O acordo de cooperação define que a ajuda francesa se limitará, a longo prazo, à concepção e à construção da parte não-nuclear do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear. Segundo o documento, a embarcação utilizará armamentos convencionais e tanto o reator nuclear como os sistemas eletrônicos associados a ele serão desenvolvidos pelo Brasil.

Embora se exima de qualquer responsabilidade por eventuais danos causados a terceiros pelo submarino ou por suas instalações de apoio terrestre, o acordo prevê a formação de empresas ou consórcios de direito privado compostos por empresas públicas, privadas ou mistas, brasileiras e francesas, para desenvolver e construir um submarino capaz de receber um reator nuclear, fabricado segundo procedimentos internacionais de segurança.

O governo francês se comprometeu a autorizar a venda, pelas empresas francesas, dos equipamentos, materiais e prestações de serviços à Marinha ou às empresas brasileiras. Além disso, os dois países também considerarão a possibilidade de isentar, total ou parcialmente, bens e serviços importados ou produzidos para estes fins da cobrança de tributos diretos ou indiretos.| Alex Rodrigues /ABr

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