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30/12/2008 - 08:06

BID acelera aprovações em 2008 em um esforço para aliviar o impacto da crise financeira


Ano marcado pela entrada da China no BID e novas crises de liqüidez e alimentos. As dificuldades econômicas devem se tornar um foco crucial da instituição em 2009.

O Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento aumentou as aprovações de empréstimos, garantias de crédito e doações em aproximadamente um quarto, chegando a um recorde de US$12,2 bilhões em 2008, com o objetivo de ajudar a América Latina e o Caribe a enfrentarem a crise financeira mundial.

“O BID está se empenhando para auxiliar a região nestes tempos difíceis”, disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno. “Estamos trabalhando com nossos países membros para defender o progresso que eles fizeram em anos recentes na luta contra a pobreza.”

O BID reafirmou seu papel como a principal fonte de financiamento de longo prazo para a América Latina e o Caribe. O Banco aumentou o apoio a programas sociais destinados a evitar que milhões de pessoas voltem à condição de pobreza e ampliou os financiamentos para investimentos em infra-estrutura e em reformas fundamentais para melhorar a competitividade. A China vai se tornar um membro doador do Banco e a Espanha trabalhará junto com o BID em um grande fundo de doações voltado a melhorar os serviços de água e saneamento na América Latina.

Moreno apresentou seu relatório anual à Diretoria Executiva do BID na quarta-feira, 17 de dezembro. O total de aprovações em 2008 inclui financiamentos do Banco e de suas duas afiliadas: o Fundo Multilateral de Investimentos e a Corporação Interamericana de Investimentos.

Durante o ano, o Banco aprovou US$11,5 bilhões em empréstimos e garantias que usarão recursos de seu Capital Ordinário de 2008. Os fundos financiarão 137 projetos dos setores público e privado.

O total aprovado pelo Banco também inclui US$900 milhões em operações de seu novo fundo emergencial de liqüidez de desembolso rápido. A linha de crédito de US$ 6 bilhões, criada em outubro, proporciona financiamento para países que estejam enfrentando dificuldades temporárias de acesso aos mercados de crédito internacionais devido a turbulências financeiras.

O Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), que é focalizado em microempresas, aprovou US$166 milhões em empréstimos e doações este ano. A Corporação Interamericana de Investimentos (CII), que se especializa em financiamentos para pequenas e médias empresas, aprovou operações em um total de US$553 milhões.

Em conjunto, isso representa US$12,2 bilhões, em comparação com US$9,6 bilhões aprovados pelo Grupo BID no ano passado.

Mais da metade dos financiamentos aprovados este ano será destinada a financiar projetos em setores como energia, transporte, mercados de capitais e tecnologia da informação. Cerca de um terço do total financiará setores sociais, incluindo projetos de água e saneamento e prevenção de desastres naturais. O restante financiará projetos de modernização do setor público.

Como resultado do aumento das aprovações, a carteira de empréstimos do Banco expandiu-se de US$34,7 bilhões no ano passado para US$39,6 bilhões em 2008. O Banco possui 623 projetos em execução, em comparação com 580 no final de 2007.

Perspectivas para 2009 - As nações da América Latina e do Caribe continuarão a enfrentar um ambiente externo adverso no próximo ano, o que reduzirá os fluxos de investimento estrangeiro e a demanda por matérias-primas, Moreno informou aos diretores executivos.

O crescimento na região cairá para entre 2% e 2,5% no próximo ano, após ter alcançado 4,5% em 2008.

No curto prazo, o BID se concentrará em apoiar programas governamentais para proteger os pobres do impacto da desaceleração, disse Moreno. O Banco também continuará a investir em programas de prazo mais longo que promovam o crescimento sustentável, reduzam a desigualdade social e fortaleçam as instituições públicas.

“O BID reafirma seu compromisso de ajudar a região a enfrentar os efeitos da recente turbulência nos mercados financeiros’’, declarou Moreno. “A região precisa resistir à tentação de se apoiar excessivamente nos sucessos do passado e deve estar disposta a trabalhar para o cumprimento das metas primárias de promover o desenvolvimento sustentável e reduzir a pobreza.”

Destaques de 2008 - Durante 2008, o BID adotou várias iniciativas para reagir mais rapidamente às necessidades de seus clientes. Entre os destaques deste ano estão: A criação de uma linha de crédito de US$500 milhões para ajudar os países a aliviar o impacto do aumento do custo dos alimentos.

A criação de um Programa de Liqüidez para a Sustentabilidade do Crescimento de US$6 bilhões para ajudar os países a enfrentar dificuldades temporárias no acesso aos mercados de crédito.

O aumento do número de empréstimos e doações aprovados para três programas-chave do BID: a Iniciativa de Energia Sustentável e Mudança Climática, a Iniciativa de Água e Saneamento e o Oportunidades para a Maioria.

A aprovação da China como membro doador do Grupo BID. A China contribuirá com US$350 milhões para o Grupo BID para impulsionar programas fundamentais, incluindo US$125 milhões para o Fundo para Operações Especiais, US$75 milhões para múltiplos fundos de doações e mais US$75 milhões para um fundo de participação acionária administrado pela CII.

A criação do Fundo de Cooperação para Água e Saneamento, uma iniciativa espanhola que deve proporcionar até US$1,5 bilhão em doações para países da América Latina e do Caribe nos próximos quatro anos. O Fundo será administrado pelo BID em parceria com a Espanha e os países beneficiários.

A criação do Fundo Estratégico Aid for Trade e do AcquaFund, que proporcionarão doações para financiar projetos voltados a reduzir as barreiras comerciais e melhorar o acesso a água e saneamento, respectivamente.

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