Medicamentos ficam mais caros a partir de abril

São Paulo – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com base no índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) definiu um novo índice de reajuste máximo de 3,02% a partir do próximo dia 31, para o preço dos remédios. O reajuste é dividido em três categorias, que mudam de acordo com a participação dos medicamentos genéricos, a variação será de 3,02%, 2,01% e 1%.

O grupo de remédios em que os genéricos têm participação de mercado de mais de 20% sofrerá reajuste máximo, de 3,02%. Aquele em que a participação está entre 15% e 20%, o aumento será de 2,01%. Já para o grupo de medicamentos que tem uma participação de genéricos abaixo de 15%, o aumento será de 1%.

De acordo com a Anvisa, cerca de 70% dos medicamentos com aumento controlado estão no grupo com menor participação dos genéricos, e, portanto, terão a menor variação.

Segundo a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma), como o reajuste será aplicado nos remédios vendidos pela indústria, o aumento somente deve chegar atingir o bolso do consumidor a partir do dia 10 do próximo mês.

Para o Consultor Financeiro e Presidente da Boriola Consultoria, Dr. Cláudio Boriola, reajustar os preços faz parte do ciclo econômico do país, mas o que não está de acordo são os reajustes salariais do povo brasileiro. “É vergonhoso o governo aumentar o salário mínimo em apenas R$25,00, ou seja, passando de R$350, 00 para R$375,00 a partir de maio. Aumenta o salário e conseqüentemente aumentam todos os outros preços no país. Desta forma, é complicado viver com dignidade em um lugar onde os reajustes sufocam o tal salário mínimo”.

No ano passado, os preços dos remédios tiveram um reajuste médio de 3,97% e máximo de 5,51%. A Anvisa controla o valor de mais de 20 mil medicamentos. | Por: Boriola Consultoria