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09/01/2009 - 11:00

Vai sobrar Gás Natural e o GNV será a salvação


Neste contexto, dois segmentos, que são os principais consumidores de Gás Natural, terão uma redução drástica em relação a sua demanda histórica recente: - O primeiro é o segmento do Consumidor Industrial, que estará reduzindo significativamente o consumo em função não só do aumento recente aplicado, mas, principalmente, em função da crise econômica por que passa o mundo com reflexos significativos para o País em setores onde o consumo de Gás é elevado, tais quais os setores químico e o siderúrgico. Por exemplo, grandes consumidores fluminenses terão consumo significativamente menor que ano passado, tais como CSN, Bayer, Prosint, Riopol entre outras;

- Outro segmento, que é o principal consumidor de Gás natural, que é o de Termo geração elétrica, em função do comportamento hídrico extremamente favorável, até então, nas cabeceiras dos principais Rios da Região sudeste, especialmente Minas Gerais, que tem enchido os Reservatórios das Hidrelétricas que abastecem o subsistema elétrico sudeste/centro-oeste, ou seja, se continuarmos com este comportamento hídrico favorável, dificilmente serão operadas as Termoelétricas a Gás na chamada Base do sistema, só havendo algumas operações eventuais para atender a chamada demanda de ponta, reduzindo absurdamente o consumo diário de gás natural.

Portanto, com conciliação destas duas conjunturas citadas anteriormente, haverá uma grande tendência de ampliação da oferta de Gás Natural para outros setores e portanto, reduzindo a dependência de uma grande quantidade de Gás natural da Bolívia e de outras fontes em implantação no País com a importação do Gás natural Liquefeito – GNL.

Em função destes cenários a única alternativa, para que não aconteça esta super oferta, que demandará outras discussões com a Bolívia, desta vez porém para não consumir o seu Gás Natural, será reduzir o preço do Gás Natural ao Consumidor final, tanto para o Consumidor Industrial, para aumentar sua competitividade, necessária a enfrentar a crise internacional e principalmente para o Gás Natural Veicular – GNV, que sofreu muito nos últimos 24 meses por políticas equivocadas e ciclotímicas em relação a este setor.

Vale ressaltar que tal redução é totalmente possível, necessária e principalmente legal, pois mesmo com o aumento do Dólar frente ao Real, a queda do preço do Petróleo internacional, caminhou em uma direção diametralmente oposta e com uma taxa muito mais relevante do que esta do aumento do Dólar, sempre lembrando que o preço do Gás natural importado da Bolívia, contratualmente com aquele País, deve variar para cima e também para baixo, em função da cotação do preço do Barril de uma chamada “cesta de óleos” que é um mix de referências de preços internacionais.

Portanto, quando todos diziam que iria faltar Gás Natural no Brasil, deve sobrar nos próximos meses. Quando fui membro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), alertei por diversas vezes em reuniões para elaborar uma estratégia para enfrentar este fenômeno e não desprezar o Gás Natural Veicular – GNV. Desta forma a única saída será baratear o preço do gás para retomar seu consumo de maneira intensa nos segmentos industrial e veicular.

. Por: Wagner Granja Victer

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