Especialistas alertam para os riscos das instalações elétricas improvisadas ou feitas por pessoas desabilitadas para o serviço

Instalações elétricas mal feitas estão entre as principais causas de incêndio no Brasil, segundo estatísticas do Corpo de Bombeiros, que apontam também que 20% das vitimas desses acidentes não sobrevivem. O risco se torna maior quando uma instalação é feita sem planejamento, material sem qualidade e por pessoas não habilitadas.

É típico do povo brasileiro achar que dando um jeitinho tudo funciona na mais perfeita harmonia. Mas especialistas do setor de materiais elétricos advertem que, por mais simples que possa parecer uma instalação, materiais de má qualidade, a inexperiência e a falta de conhecimento levam as pessoas a situações de risco, afetando a segurança e o desempenho de um sistema.

“Principalmente no verão, é importante também saber quais equipamentos elétricos de maior consumo serão ligados, para direcionar circuitos exclusivos para eles e utilizar dispositivos que evitam choques (DRs) no caso de haver contato com água, como chuveiros, banheiras, secadores de cabelo, entre outros”, assinala Jorge de Lima,da Realcenter. “A intenção é evitar os desagradáveis choques, que dependendo da intensidade, podem ser letais aos consumidores”, explica Lima. ”Procedendo assim, os aparelhos funcionarão melhor, a conta da luz apontando o consumo de energia virá sem sustos e a instalação vai durar por muito mais tempo”, pondera Jorge.

Conforme Lima, no que tange as etapas de uma construção, a primeira coisa que se deve fazer é planejar como será a instalação elétrica, procedimento que deve ser feito por profissionais qualificados, com conhecimento prático e teórico sobre qual a finalidade da obra. Durante a execução, deve-se contratar bons profissionais, que sigam o projeto e, quando este tiver alguma falha, que contate o projetista e peça a devida correção, evitando que os defeitos sejam corrigidos por conta própria.

Somente eletricistas habilitados possuem a formação necessária e conhecimento baseado em normas técnicas para trabalhar com as instalações elétricas de baixa tensão, sendo capazes de executar o serviço corretamente e tirar o máximo de desempenho e durabilidade que cada material pode oferecer.

Alguns dos erros mais comuns nas instalações, principalmente daqueles consumidores que querem economizar na parte elétrica, são a sobrecarga dos circuitos, ligar em um mesmo disjuntor dois aparelhos que exijam circuitos individuais, como chuveiros e torneiras elétricas, trocar o chuveiro por um mais potente sem verificar se a instalação elétrica suporta a potência do novo produto, utilização de tomada em chuveiros e aquecedores elétricos que exigem ligação direta, entre outros. | Gilberto Costa/ABr