A crise vem aí...

(Fonte: O Alpargateiro) Autor Desconhecido.

A história se repete através dos tempos.

“O homem, que resolve parar até que as coisas melhorem, verificará que aquele que não parou está tão adiante que jamais será alcançado”.

Esta é a história de um homem que possuía uma pequena chácara à beira da estrada onde criava frangos.

Os frangos, assados pela sua mulher, tornaram-se famosos.

Ele viu que poderia transformar aquilo num bom negócio. Mandou reformar a fachada da casa, colocou algumas mesas ao ar livre, mandou fazer um grande painel na frente.

A frequência se tornou grande e seus lucros também, o negócio crescia cada vez mais.

Agora, em diversos pontos da estrada havia cartazes indicando “Frango assado, os mais deliciosos da região”.

O negócio ia tão bem que o homem pôde colocar seu filho nas melhores escolas e, mais tarde, mandou-o para a Universidade.

“Papai, o país está atravessando uma série de crises, acho melhor começar a fazer economia se quer que o nosso negócio sobreviva”.

Uma das primeiras providências foi suspender a confecção de novos cartazes e cortar a verba de conservação dos já colocados.

E o filho recomendou: “É melhor não acender mais o cartaz de “neon”, é preciso economizar luz”.

Com essa medida, a frequência, como era natural, foi caindo; verificaram que muitas mesas ficavam vazias e decidiram também retirá-las. Poucas semanas depois, quase que não restavam mais mesas.

Os motoristas continuaram passando pela estrada, mas agora não sabiam que naquele lugar comia-se um ótimo frango assado.

Assim foi indo, até que nenhum negócio mais foi realizado.

Olhando para o que sobrara do que outrora foi um restaurante, vendo o “neon” apagado e corroído, os cartazes jogados à beira da estrada, o homem viu como seu filho era inteligente e como pôde, com tanta antecedência, prever o caso.

“É, meu filho tinha razão, a crise foi feia mesmo”.

Enquanto isso, muitos outros negócios de frango assado, não tão bons quanto aquele, prosperavam porque seus donos não sabiam que “a crise vinha aí”.

A crise é um problema, não tem como “tapar o sol com a peneira”, mas, as nossas ações e/ou atitudes podem prejudicar ou ajudar. Os chineses escrevem crise pela união de dois ideogramas, sendo que um representa “perigo” e o outro “oportunidade”. Ou seja, dependendo do ponto de vista pode ser negativo ou positivo.

Não podemos correr o risco de perder o nosso negócio, mas, também, não podemos nos encolher em um canto e esperar tremendo enquanto a crise passa, ou não. Portanto, devemos analisar, com muito cuidado, o que faremos. Dentro deste aspecto podemos verificar possibilidades de a redução de custos desnecessários, a eliminação de desperdícios, opções mais baratas e assim por diante. Mas, é importante lembrar que alguns itens não são despesas e sim investimento, como por exemplo, a capacitação de funcionários, marketing, segurança do trabalho. Ao contrário do que se possa pensar, esses pontos irão proporcionar melhor aproveitamento de nossos recursos financeiros, humanos e produtivos.

Resumindo é muito importante continuar investindo nas coisas certas que mostrarão os caminhos para nos distanciar do perigo e nos aproximar das oportunidades de crescimento e desenvolvimento de nossas empresas e negócios.

. Por: Celso Luis de Oliveira, Consultor Técnico da ABS - [email protected]