Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

20/01/2009 - 09:37

Apesar da crise, planos odontológicos continuarão a crescer

Operadoras odontológicas comemoram os números do setor em 2008, mas ritmo de crescimento deve ser menor neste ano.

Perto de fechar as contas de 2008, o segmento odontológico já comemora. O número de beneficiários dos planos de assistência odontológica cresceu 12,42% até setembro de 2008, ultrapassando em 400 mil a marca dos 10 milhões de usuários previstos. Na Odontologia de Grupo, a maior dentre as modalidades existentes neste segmento, com mais de 7 milhões de vidas (68,3% do total), o crescimento foi cerca de 10%, de acordo com os números divulgados no Caderno de Informação da Saúde Suplementar, base setembro de 2008.

Apesar da redução do número de operadoras de planos exclusivamente odontológicos em 11%, as 500 empresas ativas no país mantêm em suas carteiras 20,32% de todos os beneficiários de planos de assistência à saúde. Em 2000, ano que começou a coleta de dados da ANS, apenas 8,24% do total de beneficiários tinham vínculo com os planos odontológicos; em 2004, alcançou 14,18%. Nestes últimos quatro anos a participação da odontologia no universo dos usuários de planos de saúde tem aumentado continuamente.

Desde a fundação da primeira empresa a comercializar planos exclusivamente odontológicos, em 1966, até dezembro de 2000, o mercado contabilizava cerca de 2,8 milhões de beneficiários neste segmento. Nos últimos oito anos este número cresceu 277,31%, alcançando 10.406.029 de usuários. No segmento de Odontologia de Grupo, o SINOG detém, em seu quadro associativo, empresas de odontologia de grupo que operam planos de odontologia cadastrados na Agência Nacional de Saúde Suplementar, sendo que as maiores (em número de beneficiários) compõem este quadro. Isto significa que o SINOG, hoje, representa, através de suas associadas, cerca de 48% dos usuários de planos odontológicos do Brasil.

Embora ainda haja uma latente demanda de usuários de planos odontológicos, tendo em vista que apenas 5,5% da população brasileira possuem um convênio desta natureza e há, potencialmente, nichos de mercado a serem explorados, o crescimento esperado para este ano deve ficar estabilizado em 15%, percentual semelhante ao que deve ser registrado em 2008.

A crise mundial que se verificou a partir do mês de setembro do ano passado, com a quebra dos grandes conglomerados financeiros internacionais, os recordes históricos de desvalorização das ações nas bolsas de valores, a alta incontrolável das cotações do dólar e do euro e a retração do consumo são elementos que farão toda a diferença nas perspectivas de crescimento da maioria dos setores da economia, inclusive para as operadoras de planos de assistência à saúde. Apesar do Brasil não estar totalmente contagiado, os reflexos do colapso financeiro estão atingindo importantes segmentos, como os das indústrias siderúrgica e metalúrgica, além daqueles que são primordialmente ligados a eles e que são, em sua maioria, compradores dos serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde.

Em outra vertente, as recentes propostas de mudança na regulação dos planos coletivos, colocadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, por meio de Consulta Pública, e demais imposições regulamentatórias, poderão frear o crescimento verificado nos últimos anos para o segmento odontológico, já que mais de 80% de todo o mercado é composto por planos contratados por pessoas jurídicas, com ou sem co-participação dos empregados.

Segundo Carlos Roberto Squillaci, presidente do SINOG, “caso não ocorram outros movimentos bruscos na economia e partindo da premissa de que as operadoras possam continuar a ofertar seus produtos sem estarem atadas a uma regulamentação que engesse e onere os produtos, espera-se que possamos manter, ao menos, a mesma taxa de crescimento de 2008 e, assim, dar o atendimento que a população vem buscando nos planos odontológicos. A promoção da saúde bucal, sua manutenção e a prevenção de doenças não pode ser completamente eficaz sem este tipo de assistência privada à população”.

Não se pode esquecer também que, atualmente, a maioria das negociações coletivas entre os sindicatos dos empregados e as empresas inclui o plano odontológico como benefício aos seus funcionários. Assim como aconteceu com os planos médicos, a odontologia tem se firmado agora entre as principais melhorias acrescentadas às convenções trabalhistas. Do ponto de vista da gestão dos recursos humanos, salienta-se, inclusive, a redução do absenteísmo. “Foi-se o tempo que cuidar da aparência era deixado de lado. A boa dentição e um bonito sorriso, reflexos de uma saúde bucal adequada, são necessidades básicas para que o trabalhador possa ter melhor qualidade de vida e condições de conter demais doenças relacionadas à saúde geral do organismo”, conclui Carlos Roberto Squillaci.

Ranking regional: O Sudeste continua sendo a região com o maior número de operadoras (304) e, conseqüentemente, de beneficiários (6,7 milhões), destacando-se os estados de São Paulo, com 69,3%; Rio de Janeiro, 19,6%; Minas Gerais, 9%; e Espírito Santo, com 2,1%. A região Nordeste vem em segundo com 94 operadoras e 1,771 milhão de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, salientando a Bahia, com 42,5%; Ceará, 18,1%; Pernambuco, 10,9%; Alagoas, 7,20%; Paraíba, 6,5%; Rio Grande do Norte, 5,2%; Sergipe, 5%; Maranhão, 3,6%; e Piauí, com cerca de 1%.

O Sul é a terceira Região em quantidade de operadoras exclusivamente odontológicas (69) e em usuários de planos odontológicos (984 mil), distribuídos nos Estados do Paraná (45,1%); Rio Grande do Sul (31,1%); e Santa Catarina (23,8%). Na seqüência está a Região Centro-Oeste com cerca de 600 mil usuários de 22 operadoras, sendo atendidos no Distrito Federal (50,5%) e nos estados de Goiás (28,4%); Mato Grosso (16,6%); e Mato Grosso do Sul (4,5%). No ranking regional, o Norte aparece em quinto lugar com 11 operadoras e aproximadamente 398 mil beneficiários, assim distribuídos: Amazonas (53,6%); Pará (36,9%); Amapá (4,3%); Rondônia (2,4%); Tocantins (1,3%); Acre (1,1%); e Roraima (0,4%).

O acumulado em termos percentuais, desde setembro do ano passado, evidencia as regiões Norte e Centro-Oeste como as que mais registraram crescimento de brasileiros com vínculo a algum tipo de plano odontológico, com 21,78% e 14,15%, respectivamente. Na seqüência estão Sudeste, Sul e Nordeste. Pela Região Norte destacam-se os estados do Tocantins, Amazonas e Roraima. Já no Centro-Oeste, o Distrito Federal e Goiás foram os que tiveram maior incremento. Embora estatisticamente os percentuais sejam elevados, deve-se considerar a proporcionalidade existente entre o número de habitantes em cada um dos estados e o percentual da população atendida pelos planos odontológicos.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira