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20/01/2009 - 11:35

Perspectivas para a suinocultura em 2009

Nos últimos dez anos, a produção mundial de carnes cresceu a uma taxa média de 2,4% ao ano, impulsionada pelo processo de urbanização da população de países emergentes, especialmente a China. Por apresentar uma demanda menos elástica do que produtos considerados menos essenciais, espera-se que o consumo mundial de alimentos não acompanhe um movimento de desaceleração ou retração no PIB.

A suinocultura brasileira viveu em 2008 um ano incomum. Altos valores praticados em insumos, como milho e soja que representam cerca de 70% da alimentação do animal, desaceleraram o mercado que vinha se recuperando de uma grande crise iniciada com o embargo das exportações ocorridas no ano de 2006.

Superado este obstáculo das commodities, houve aumento de produção, preços e boa demanda. No entanto nos últimos três meses, assim como todos os setores que movimentam a cadeia econômica mundial, a suinocultura brasileira se viu diante de grandes problemas ocasionados pela forte crise financeira mundial.

Em novembro, as exportações de carne suína foram afetadas pela crise internacional adicionada a tragédia em Santa Catarina, que prejudicou a capacidade do porto de Itajaí. O volume das exportações diminuiu e a suinocultura sofre o chamado “efeito dominó”, já que a oferta aumentou e jogou o valor de comercialização do animal para baixo, o que obrigou o produtor a diminuir seu ritmo de investimentos retraindo assim toda a cadeia suinícola.

No terceiro trimestre de 2008 foram abatidos 7,337 milhões unidades de suínos, o que representa 4,8% de crescimento, com relação ao mesmo período de 2007. A produção de suínos chegou a cerca de 3,1 milhões de toneladas em 2008. No caso das exportações, o setor trabalha com estabilidade e perspectiva de abertura de mercados como Japão, China e Estados Unidos.

Apesar dos problemas enfrentados em 2008 o faturamento do setor alcançou cerca de US$ 1,6 bilhão e as projeções para 2009 da entidade apontam crescimento de 2,3% em volume de produção (3,1 milhões de t) e manutenção de 600 mil toneladas para vendas externas, além das perspectivas de crescimento interno , já que o consumo carne vem demonstrando crescimento positivo e deve chegar a 15 kg/per capita até o final do ano, o que representa um aumento considerável já que em 2007 o consumo de carne suína por habitante era de 12kg, mas ainda é muito pouco frente a países como a Dinamarca onde o consumo per capita chega a 67kg.

A produção termina o ano com pouco mais de 3 milhões de toneladas Devido a atual conjuntura, o setor exige cautela, as grandes empresas estão revendo seus investimentos para o próximo ano, mas o câmbio deverá estar mais favorável às exportações e o preço de matérias-primas, como o milho, deve ser menor em 2009.

Devido aos problemas vividos dos últimos meses, pode-se afirmar que a crise exige atenção, energia e planejamento. Mas os produtores e a indústria de carne suína do Brasil podem ter um 2009 vigoroso.

Para as exportações, a entidade espera a manutenção das vendas externas no patamar de 600 mil toneladas.

. Por: João Bosco Martins – Presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) .

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