Grupo petroquímico indiano no Suape

A Reliance tem 76 anos de mercado e é o maior grupo privado da Índia, com quase 30 mil funcionários e um lucro anual de US$ 34 bilhões derivado em boa parte do seu volume de exportações, que chega a US$ 20 bilhões em produtos enviados para 108 países, entre eles o Brasil.

Dois meses após a visita de Eduardo Campos à Índia, diretores do maior conglomerado privado daquele país, o Grupo Reliance, estiveram com o governador de Pernambuco no dia 20 de janeiro (terça-feira), para dar mais um passo importante em direção da participação dos indianos no Pólo Petroquímico de Pernambuco, instalado em Suape.

O diretor do setor petroquímico da Reliance, Man Mohan, o presidente da Petroquímica Suape, Richard Ward, e o diretor da Petrobras Química (Petroquisa), Patrick Fairon, acertaram um acordo de cooperação técnica que prevê o treinamento dos trabalhadores brasileiros que irão atuar nas plantas de PTA, POY e PET já em fase de construção em Suape.

A parceria pode ser interpretada como um sinal efetivo da participação do maior grupo privado da Índia no empreendimento pernambucano: “Foi dado um grande passo para a consolidação do nosso Pólo Petroquímico. Um projeto audacioso que vai beneficiar, inclusive, nossa cadeia de confecções do Agreste”, comentou Eduardo. “A Reliance não é uma empresa que costuma vender sua expertise. Ela vai dar este treinamento com outros interesses”, revelou Ward.

A planta de PTA terá capacidade de produção de 640 mil toneladas/ano enquanto a de POY será capaz de gerar 250 mil toneladas/ano e a de PET 450 mil toneladas/ano. Cerca de 4.600 empregos serão gerados nas obras de construção civil e outros mil na operação das unidades que devem entrar em funcionamento no ano que vem, de acordo com Richard Ward.

Em novembro último, Eduardo Campos e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, visitaram uma das a fábricas de fios e fibras de poliéster da empresa, em Hazira e estiveram na sede da empresa na cidade de Mumbai.

Números – A Reliance tem 76 anos de mercado e é o maior grupo privado da Índia, com quase 30 mil funcionários e um lucro anual de US$ 34 bilhões derivado em boa parte do seu volume de exportações, que chega a US$ 20 bilhões em produtos enviados para 108 países, entre eles o Brasil.

Além do setor petroquímico, a empresa atua nos segmentos de telecomunicações, financiamentos bancários, entre outros. No final dos anos 70, começou suas atividades com a área têxtil e hoje possui 40 fábricas em toda a Ásia. Também produz poliéster, plástico, refinação de petróleo e exploração e produção de gás.

Durante 15 dias, uma equipe de sete especialistas do grupo indiano estará em Pernambuco conhecendo a Petroquisa e o estado mais de perto. Ainda nesta terça-feira, os técnicos irão visitar as obras de terraplenagem do Pólo. O projeto está orçado em cerca de 1,8 bilhões de dólares (Cerca de 4,2 bilhões de reais) e a previsão é que gere 4.600 empregos na fase de obras de construção civil e outros mil quando as três plantas estiverem funcionando.