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14/03/2007 - 07:46

Instituto Tomie Ohtake

Os 40 anos da diversificada atividade artística de Emanoel Araujo estão exaltados nesta exposição organizada pelo Instituto Tomie Ohtake. Uma justa homenagem a um artista plural – escultor, pintor, gravador, designer gráfico –, igualmente conhecido como homem de cultura, responsável direto pela revitalização da Pinacoteca do Estado e pela criação do Museu Afro Brasil.

Com curadoria de Agnaldo Farias, a mostra traz esculturas, relevos e uma instalação inédita, Cosmogonia dos Símbolos, num conjunto de 50 trabalhos, 25 deles produzidos recentemente (2006/2007). Como forma de ilustrar o alcance da poética do artista, a mostra, além de trabalhos tridimensionais, contemplará uma antologia do trabalho gráfico de Emanoel Araújo. São cerca de 30 gravuras, além de cartazes, livros, programas e convites desenhados por ele, muitos dos quais para a programação dos espaços culturais que dirigiu e para suas próprias exposições, perfazendo um conjunto matizado, uma prova incontestável da amplitude e da capacidade criativa do artista.

Nessa nova série de trabalhos destaca-se a instalação Cosmogonia, concebida especialmente para esta exposição e destinada a ocupar a primeira e principal sala de exposições do Instituto Tomie Ohtake. Uma obra arrojada, na qual as formas geométricas esculpidas em madeira conjugam-se com cores vivas - um aspecto inédito em sua vasta produção - e com materiais pertencentes à ornamentação de cerimônias religiosas e festejos populares, para juntas aludirem a signos do sincretismo religioso, representações das divindades africanas. O precioso acabamento de sua marcenaria, resultado das lições recebidas já na infância com o mestre Eufrásio Vargas, em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, mistura-se a fragmentos de madeira torneados do século XVIII e XIX, e a outros materiais como vidro, ferro, onde a cor pode surgir na madeira pintada ou potencializada, como acontece num conjunto de miçangas de um azul profundo, tudo isso concorre decisivamente para a obtenção da atmosfera silenciosa, um respeitoso tributo ao sagrado.

A exposição prolonga-se pela sala seguinte com o conjunto de “estantes”, Louise Nevelson, dedicado à artista russa radicada nos Estados Unidos, a série “Máscaras”, além de oito novos relevos. Em todas as obras o desenvolvimento em profundidade de um raciocínio complexo, pautado na fusão de formas ritualísticas com uma geometria rigorosa, numa prova de que não há oposição entre os dois termos.

Além de obras, a mostra reúne, por meio de fotos e registros, cenas da eclética trajetória de Emanoel que, desde os anos 80, quando foi nomeado diretor do Museu de Arte da Bahia, vem se destacando como curador de inúmeras exposições e como dirigente cultural, com marcante atuação junto à Pinacoteca do Estado (1992/2002), e, atualmente, na condução do Museu Afro Brasil, que ele idealizou e fundou em 2004.

.Exposição: Emanoel Araujo - Até 29 de abril de 2007, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca, no Instituto Tomie Ohtake, Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP , telefone:(11) 2245-1900

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