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22/01/2009 - 11:18

Inclusão de mais um ano, não é para antecipar conteúdos

Objetivo é dedicar mais tempo ao aprendizado.

Até o ano de 2010, todas as instituições de ensino terão que se organizar para as mudanças ocorridas no Ensino Fundamental que, segundo a Lei Federal 11.114, vêm ampliar a escolaridade e antecipar a idade de ingresso das crianças, passando a ter, obrigatoriamente, a duração de 9 (nove) anos. A nova série será acrescentada no início do Ensino Fundamental e as crianças, ao invés de ingressarem na 1º série com sete anos de idade, iniciarão com seis anos.

Muitas escolas já se adequaram a nova legislação, mas ainda existe a preocupação que esta mudança seja encarada como uma antecipação dos conteúdos e das atividades destinadas às crianças de sete anos para as de seis. Mas, na verdade, o que se pretende com a ampliação do Ensino Fundamental é que haja mais tempo para esse aprendizado, considerando as diferenças das crianças, com uma nova estrutura e organização desses conteúdos em um Ensino Fundamental, agora de nove anos. É preciso deixar claro que, para as escolas que já têm a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, isso não significa apenas uma mudança no nome da série, mas uma nova organização das propostas e conteúdos apropriados para a idade e a série.

A alfabetização das crianças de seis anos já ocorre principalmente nas escolas de Educação Infantil da rede particular. Porém, deve-se tomar o cuidado para que não seja o conteúdo único incluído, pois nesta fase a criança ainda aprende por meio de brincadeiras e não se pode imaginar que o tempo de brincar terminou e que se inicia uma nova fase somente de seriedade. A alfabetização precisa ser entendida como um processo que tem tempo para iniciar, mas não para finalizar. É importante preservar o direito de brincar, imprescindível para o desenvolvimento das crianças, além do cuidado de aplicar os conteúdos de forma lúdica, proporcionando condições adequadas para promover o bem-estar da criança, seu desenvolvimento físico, motor, emocional, intelectual, moral e social, ampliando de suas experiências e estimulando o interesse da criança pelo processo do conhecimento do ser humano, da natureza e da sociedade.

Assim a escola vive uma construção social, uma prática que aponta um compromisso com todos os envolvidos: alunos, professores, pais, direção, comunidade, para uma sólida e real construção, preparando cidadãos críticos, conscientes e responsáveis no mundo em que estão inseridos.

. Por: Raquel Lopes da Silva é formada em Ciências Econômicas, Matemática e Pedagogia, tem Pós-Graduação em Psicopedagogia e é coordenadora Pedagógica do colégio Uninove.

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