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23/01/2009 - 09:40

Setor têxtil do Vale está fora da onda de demissões em massa

Presidente do Sintex aponta apenas para um ‘sinal amarelo’ .

Em meio à onda de demissões no Brasil e no mundo, o presidente do Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário -, Ulrich Kuhn, afirma que, no momento, a situação no setor têxtil do Vale do Itajaí é estável. “O que temos é um sinal amarelo; é preciso cautela para avaliar como a situação vai caminhar”, destaca. O executivo afirma que não há perspectiva de demissões em massa na indústria têxtil da região, no curto prazo, nem discussão sobre redução de jornada de trabalho e redução de salários no setor. “Há preocupação, sim, mas no momento há apenas uma redução lenta nos quadros: uma demissão ali, outra aqui”, avalia Kuhn.

O executivo destaca que no varejo o ano começou mais fraco do que um janeiro normal. “Não vamos nos iludir, é preciso apertar o cinto e ver quais são as prioridades”, assinala. Em dezembro, o têxtil nacional perdeu 30 mil postos de trabalho. Em Santa Catarina, foram quase cinco mil. “Neste cenário, o setor têxtil do Vale do Itajaí foi o menos afetado, está razoavelmente equilibrado, mas isso também se deve ao fato de termos uma grande faixa informal, sem carteira assinada, que não entra nesta estatística”, informa.

Questionado sobre uma possível solução para o problema, Ulrich Kuhn é enfático. “Todos gostariam de ter a solução para o problema, mas é uma situação complexa, começa com ações do governo, como a queda de juros, regularização do crédito ao tomador, diminuição da ‘Síndrome do Excesso de Risco’”. Ele cita como exemplo que determinadas redes de varejo incluem local de residência como um dos fatores limitantes para aprovação de crédito. Este, segundo Kuhn, é o grande problema. “A economia se move a crédito; o mundo se move a crédito”, destaca.

Sobre o crescimento nacional, Ulrich Kuhn acredita que o Brasil vai continuar a crescer. “Quanto é a grande questão porque o mercado externo influencia e muito”, pondera. Segundo ele, um terço das compras mundiais é feita pelos EUA. “Se eles não vão bem, o resto do mundo vai mal”, afirma. Para o executivo, é preciso continuar investindo em criatividade e em sermos melhores. “Temos que continuar trabalhando, fazendo as coisas melhores a cada dia. Santa Catarina sempre soube fazer isso e essa crise atual vai exigir mais paciência, mas vai ser superada”, destaca.

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