FIESC defende na Petrobras mais prazo para conta de gás natural

Medida é importante para garantir a adimplência das empresas afetadas pela interrupção no fornecimento, em novembro e dezembro.

Florianópolis - A Federação das Indústrias (FIESC) participou no dia 26 de janeiro (segunda-feira), no Rio de Janeiro, de reunião na Petrobras para propor a ampliação do prazo de pagamento do gás natural para as indústrias afetadas pela interrupção no fornecimento em decorrência do rompimento do gasoduto Bolívia ­­- Brasil em novembro. No encontro com a diretora de gás e energia da estatal, Maria das Graças Foster, a FIESC solicitou que a empresa dê mais prazo para a SCGás, para que esta possa repassar essa dilatação aos seus clientes do segmento industrial, que ficaram sem o combustível por mais de 20 dias e, em grande parte, foram obrigados a interromper a produção.

"Não estamos pedindo nenhum favor ou perdão de dívida, mas buscando condições para o que o setor possa se manter adimplente. A Federação tem defendido a necessidade de a indústria evitar ao máximo as demissões e o prazo maior para o pagamento das faturas de gás para as empresas que ficaram sem o combustível é importante nesse sentido", diz o presidente em exercício da FIESC, Glauco José Côrte. "Mostramos à diretora da Petrobras que o acidente provocou uma situação excepcional e que merece ser tratada dessa forma", completou.

Maria das Graças disse que após a realização de uma análise financeira e jurídica, a proposta apresentada pela indústria será avaliada pelo colegiado da diretoria da Petrobras. Para as faturas que vencem até 31 de janeiro, a FIESC defende parcelamento em 12 vezes. A entidade também solicitou mais prazo para as faturas com vencimento a partir de 1º de fevereiro, em função do forte impacto da interrupção da produção no fluxo de caixa das empresas, especialmente as do segmento cerâmico, maior consumidor de gás natural do estado.

Entre os participantes da reunião no Rio também estiveram o governador Luiz Henrique da Silveira, a senadora Ideli Salvatti, o presidente da SCGás, Ivan Ranzolin e representantes da indústria cerâmica.