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27/01/2009 - 09:41

Fuja das doenças de verão

Alterações climáticas e a proliferação de fungos e bactérias são um prato cheio para o surgimento de alergias. Alergista explica as indisposições mais comuns do verão e dá dicas de como se prevenir durante o período

Brasília– É verão no Brasil. Milhares de pessoas lotam praias, clubes, rios e cachoeiras à procura de descanso e diversão. No entanto, a estação mais quente do ano apresenta seus riscos. Seja qual for o destino, é maior a exposição ao sol, a sudorese aumenta e a pele tende a ficar ressecada. Por isso, verão também pode ser sinônimo de brotoejas, picadas de insetos, coceiras, assaduras, micoses, que, embora não sejam alérgicas, incomodam muito, tanto crianças quanto adultos.

A alergia a picadas de insetos é uma das formas de alergia mais frequente no verão. Aparece sob forma de feridinhas, em forma de caroço no local da picada do inseto, que depois se espalham pelo corpo. Em alguns casos, as feridas podem piorar, surgindo pequenas bolhas, e até infeccionar. Outra alergia bastante conhecida é a de produtos químicos, que acontece em decorrência do uso de bronzeadores, filtros solares ou cremes sem orientação médica, podendo levar a irritações na pele. “Uma especial atenção deve ser dada aos bronzeadores caseiros, que não passam por controles de qualidade e podem causar reações cutâneas desagradáveis e, em alguns casos, muito sérias. O ideal é consultar o médico antes de usar qualquer produto na pele”, orienta a médica alergista/imunologista, Marly da Rocha Otero.

Estas alergias podem aumentar no verão, basicamente, devido ao clima - pois o calor e a umidade são um paraíso para a proliferação de fungos e bactérias - e à demasiada exposição ao sol. Entre os sintomas mais comuns estão coceiras; placas vermelhas na pele; mal estar; inchaço nos olhos, lábios, boca e garganta. Mas, apesar de serem doenças comuns, elas podem ser evitadas tomando providências simples. A regra geral é carregar boas práticas de higiene dentro das malas. Marly dá a dica: “É importante, antes de viajar, marcar uma consulta com o seu médico de confiança para que seja feita uma avaliação do controle de alergia e receber orientações sobre os cuidados necessários que cada um deve ter nessa época. Vale lembrar que a alergia não tira férias. Por isso, mesmo viajando, mantenha a medicação contínua e os cuidados preventivos orientados pelo médico”, explica.

A médica diz ainda que são comuns o aparecimento de fotodermatites, reações na pele que podem ocorrer com a ingestão de certos medicamentos seguida da exposição ao sol; fitofotodermatite, reação alérgica causada pelos respingos de frutas cítricas, seguidos de exposição ao sol; dermatite atópica, ressecamento, irritação e coceira na pele causada pelo suor excessivo; e urticária, que se caracteriza pelo aparecimento de placas avermelhadas em locais variados do corpo acompanhadas de coceira, muitas vezes intensa, causadas por medicamentos, alguns alimentos não habituais, corantes e aditivos utilizados como conservantes de alimentos.

“É de fundamental importância identificar e afastar os fatores que agravam a lesão da pele no verão como: atrito, suor, transpiração, poeira domiciliar, roupas de lã e tecido sintético, sabão, variações de temperatura (calor, frio), cosméticos, detergentes, infecções cutâneas, alguns alimentos e estresse emocional”, elucida Marly.

Outra grande vilã do verão são as micoses, resultantes da infecção da pele causada por fungos. Elas são conhecidas como “panos brancos” e podem apresentar-se como lesões avermelhadas, com muita coceira. “Micoses surgem do contato direto com águas poluídas do mar e das piscinas ou pelo contato com pessoas contaminadas. O suor cria um ambiente perfeito para que os fungos se multipliquem, por isso as micoses são mais comuns em axilas e virilhas ou embaixo das mamas”, identifica a médica.

Embora a micose possa afetar quase qualquer parte do corpo, da cabeça aos pés, os lugares que não tomam sol e úmidos favorecem seu crescimento, como a pele na área da virilha, os espaços entre os dedos dos pés e as dobras de pele profundas nas pessoas obesas. Correm maior risco de abrigar o fungo as pessoas que não se secam corretamente. “Ao sair da água e esquecer de tirar toda a água acumulada nas dobras do corpo, cria-se o ambiente perfeito para o aparecimento da micose”, diz a doutora. O tratamento varia de acordo com a região afetada. Se for mais externa, pode ser curada com infiltrações de gás com ozônio, conhecida como bioxidativa.

Entretanto, as alergias de verão não ficam só na pele. O sistema respiratório também sofre com o calor, pois o organismo perde muita água pela transpiração e o ressecamento das mucosas facilita o aparecimento de alergias respiratórias. Pessoas com asma, rinite, sinusite, otite, amigdalites, faringites, laringites, traqueítes e tosses alérgicas lotam consultórios nessa época do ano. Além da alta temperatura, ácaros, poeira, mofo, pelos de animais, produtos de limpeza, alimentos, substâncias químicas, entre outros, estão entre os causadores dessas alergias.

“A higiene ambiental é uma etapa fundamental no tratamento da maioria das doenças respiratórias, exatamente por prevenir que um indivíduo se torne alérgico a determinados estímulos, fato que pode agravar seus sintomas. Quando se trata de asma e rinite, essas medidas assumem ainda maior importância, uma vez que a exposição aos alérgenos domiciliares é um dos principais fatores desencadeantes dos sintomas”, finaliza Marly.

Sobre a Farmacotécnica – A Farmacotécnica – Instituto de Manipulações Farmacêuticas, empresa genuinamente brasiliense, oferece assistência farmacêutica há mais de 30 anos com o objetivo de dar opções ao médico de prescrever o medicamento sob medida e na dose certa para cada paciente. Para isso, trabalha com farmacêuticos especializados credenciados pela Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag). A sua missão é manipular medicamentos com precisão, produzir e comercializar produtos diferenciados no mercado. Atualmente, a Farmacotécnica conta com oito farmácias equipadas com laboratórios de última geração. Sua estrutura compreende laboratórios de sólidos, semi-sólidos e de líquidos, uma indústria de cosméticos, laboratórios de controle de qualidade, e uma chácara de cultivo de ervas medicinais.

Dicas para passar um verão saudável: - Evite locais fechados. Grande concentração de pessoas, por tempo prolongado, facilita a contaminação | - Trate a alergia tão logo as crises começarem | - Tome banho morno, na temperatura ambiente, para evitar o choque térmico | - Pratique exercícios físicos regularmente, ajudam a melhorar a respiração e a saúde | - Beba bastante líquido, água e sucos naturais | - Use roupas leves e de tecidos de algodão. Evite tecidos sintéticos e roupas muito justas. | - Caso já tenha alguma doença respiratória, procure um pneumologista | - Leve sempre a medicação de manutenção e aquela orientada para o uso em casos de crise | -- Use sabonetes suaves, próprios para pele seca, que não retiram a proteção natural da pele | - Se tomar mais de um banho por dia, passe o sabonete nas partes íntimas, axilas e os pés, mas lave o resto do corpo apenas com a água, para evitar ressecamento.

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