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28/01/2009 - 09:58

Armas não letais: quando usá-las?

Diretor do Sindesp/DF comenta a polêmica das armas não letais, expondo os prós e os contras do equipamento na preservação da segurança.

Brasília – Assunto pulsante no setor de segurança privada e pública, as armas não letais oferecem a possibilidade de conter situações de exaltação sem o risco de morte ou ferimentos graves. Entre as principais armas não letais estão a bala de borracha, gás lacrimogênio, spray de pimenta, Taser e Bastão de Choque.

No Brasil, o uso de armas não letais arranca opiniões divergentes com relação à eficácia do equipamento e a real necessidade da utilização. Irenaldo Pereira Lima, diretor do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no Distrito Federal (Sindesp/DF), diz que a implantação desse tipo de arma deveria ter sido feita há muito mais tempo. Ele cita como argumento o caso do torcedor são-paulino Nilton César de Jesus, baleado em abordagem policial no estádio Bezerrão, na cidade satélite do Gama, em 7 de dezembro.

“Sou a favor das armas não letais. Em São Paulo, a guarda metropolitana dispõe de equipamentos como gás de pimenta e Tontha, os famosos cassetetes de policial, na mediação das operações, o que permite algemar e dominar os infratores sem haver morte ou ferimentos graves”, explica Irenaldo, que defende o treinamento adequado para o manuseio dos equipamentos. “Para todo tipo de equipamento não letal, deve-se ter um treinamento”, comenta o diretor do Sindesp/DF.

Nas empresas de segurança privada, nem todos os equipamentos não letais podem auxiliar no exercício da atividade. Por se tratar de segurança patrimonial e o tratamento desse segmento possuir suas especificidades, não são todas as armas não letais que se adequam a função do vigilante. Equipamentos como o gás lacrimogênio ainda podem ser usados, mas não como único recurso. “Na segurança patrimonial, vejo as armas não letais de forma diferente, com um grau de importância menor. O assaltante não vai roubar munido de faca ou de um pedaço de pau e essa característica, na minha opinião, impede a maior utilização desse tipo de armamento na vigilância patrimonial”, justifica Irenaldo.

Sobre as armas não letais:A discussão sobre o tema é recente, mas o emprego das armas não. As primeiras aplicações conhecidas datam de 2000 anos atrás, quando os chineses usaram pimenta para cegar temporariamente as tropas oponentes. Outro episódio da história conta com a participação das armas não letais, em 428 a.C. os espartanos, com o apoio dos vapores de enxofre, de betume e, mais tarde, com a mistura inflamável conhecida como “fogo grego”, sufocaram soldados inimigos.

Perfil do Sindesp/DF - O Sindesp/DF é filiado à Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e associado à Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio/DF). Hoje, conta com 37 associados, que geram mais 14 mil empregos diretos.

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