UFRJ recebe apoio da Faperj para construir protótipo de trem de levitação

Financiamento de R$ 4,7 milhões será repassado em 9 parcelas a cada trimestre.

A UFRJ recebeu da Faperj - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - a primeira de um total de nove parcelas de um financiamento de R$ 4,7 milhões para a construção de um protótipo de trem de levitação magnética de 114m de extensão em tamanho real no campus da universidade. O projeto está sendo desenvolvido pelo LASUP (Laboratório de Supercondutores), da Escola Politécnica e da COPPE e a previsão é que entre em funcionamento em março de 2011. O financiamento da Faperj será liberado a cada três meses, totalizando nove trimestres. Batizado MagLev Cobra, o trem de levitação se move graças a um campo magnético alimentado por eletricidade.

O trem -O Maglev Cobra faz parte das soluções contempladas no Plano Diretor UFRJ 2020 para o transporte interno da Ilha do Fundão e, se construído, trará grandes avanços também para o transporte público na cidade do Rio de Janeiro, principalmente na ocasião da Copa de 2014 e das possíveis Olimpíadas de 2016.

Richard Stephan, professor da Poli/UFRJ e um dos responsáveis pelo projeto, destaca também que o custo de implantação do protótipo equivale a apenas 1/3 do custo do metrô e a circulação é mais econômica do que a de um trem urbano convencional. A tecnologia pesquisada pelo laboratório pode ser uma solução econômica e eficiente para alguns problemas pontuais do transporte na cidade do Rio de Janeiro e de outras capitais do país. “A nossa ideia é estender a rede para cinco quilômetros, substituindo os ônibus que circulam no campus”, diz o professor.

A segunda fase consiste na expansão da linha que passaria a ligar o Hospital Universitário à Reitoria e a terceira fase é a ligação entre o Aeroporto Internacional, na Ilha do Governador, e o Santos Dumont, no Centro.

Segundo Stephan, os alemães que desenvolveram o trem eletromagnético de alta velocidade consideram o projeto brasileiro complementar ao criado na Europa, pois o germânico não pode ser usado para transporte urbano, enquanto o brasileiro é ideal para isso.