Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

29/01/2009 - 08:08

Tecnologia avançada de imagem melhora resultados de cirurgias da coluna vertebral, informam especialistas da Mayo Clinic

Jacksonville, Flórida – Maior precisão e segurança na colocação e necessidade de menor número de parafusos. Estas são algumas vantagens do uso de sistema guiado por imagens tridimensionais (3D) durante cirurgias para colocação de parafusos na coluna vertebral dos pacientes. Com este sistema, também reduzem –se as lesões subseqüentes observadas em cirurgias tradicionais, informam neurocirurgiões da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida. Os parafusos são usados para estabilizar a coluna em pacientes que têm problemas nos discos ou nervos comprimidos.

Estas conclusões fazem parte do maior estudo já feito sobre o uso de tecnologia de imagens 3 D para colocação de parafusos na coluna vertebral em procedimentos de fusão espinhal. O estudo, que foi publicado na edição online de 9 de dezembro do Journal of Neurosurgery: Spine, analisou a implantação de 1.084 parafusos pediculares em 220 pacientes. Com o uso deste novo procedimento, os cirurgiões relataram que a taxa de lesão de nervos foi inferior a 1% e menos de 1% dos parafusos implantados, durante o período do estudo, foram considerados significativamente mal colocados. Em cirurgias com a tecnologia padrão, a taxa de lesão de nervos, segundo os relatos médicos, é de até 8% e a de má colocação de parafusos é de até 55%. Com a técnica tradicional, a taxa de repetição da cirurgia para remoção de parafusos mal colocados se eleva a até 6,5%, enquanto que no caso dos procedimentos realizados durante o estudo da Mayo, essa taxa foi de menos de 0,5% do total de pacientes.

“O uso da tecnologia da imagem em 3D para guiar o procedimento de colocação dos parafusos produz resultados muito melhores para nossos pacientes”, diz o neurocirurgião da Clínica Mayo, Eric Nottmeier, pesquisador principal do estudo. “Além da menor incidência de lesão das raízes nervosas, essa tecnologia nos permite colocar parafusos maiores na coluna vertebral, o que também aumenta as chances de sucesso da operação”, afirma.

Esse procedimento usa uma câmera especial, que emprega radiação infravermelha para rastrear instrumentos cirúrgicos em espaço tridimensional, conectada a um computador. Com isso, o cirurgião pode percorrer a coluna vertebral do paciente e escolher o melhor ponto de entrada e a trajetória para cada parafuso. Uma chave de fenda, guiada por imagem, é usada para instalar o parafuso.

Na maioria das demais instituições médico-hospitalares, os parafusos pediculares são colocados com técnicas manuais, ou por fluoroscopia, que usam radiografias para capturar imagens em uma dimensão (1D) do processo de colocação de parafusos. Esse método apresenta menos detalhes e expõe o paciente e toda a equipe médica na sala cirúrgica à radiação e, por isso, são obrigados usar roupas de chumbo para se protegerem. Quase todos os pacientes que participaram desse estudo foram submetidos a uma tomografia computadorizada após a cirurgia, para que um radiologista pudesse determinar, de forma independente, se os parafusos foram realmente bem colocados.

“Cada pessoa tem uma coluna vertebral um pouco diferente”, diz Eric Nottmeier. “Variações inesperadas no formato do osso e a sua densidade podem tornar a colocação do parafuso na coluna vertebral mais desafiadora, especialmente no caso de pacientes que já se submeteram à cirurgia da coluna”, ele afirma. Quase a metade dos pacientes participantes do estudo da Mayo havia sido submetida a uma cirurgia da coluna anteriormente.

“Essa técnica nos possibilita a melhor visão possível das vértebras durante a operação”, explica o médico.

Devido ao êxito da técnica, o sistema guiado por imagens 3D está sendo usado, agora, em todas as cirurgias de colocação de parafusos na coluna realizada no campus da Flórida da Clínica Mayo.

Foram co-autores do estudo o médico Phillip M. Young, do Departamento de Radiologia da Clínica Mayo da Flórida, e Will Seemer, B.A., do Departamento de Química da Universidade do Norte da Flórida em Jacksonville.

Perfil da Mayo Clinic - A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.300 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 46.000 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo, que tem unidades em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Scottsdale/Phoenix (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano. | Sites www.mayoclinic.org/news | www.mayoclinic.com

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira