Polo químico-farmacêutico na Amazônia, proposta Fórum Social Mundial

Fórum Social Mundial: deputado propõe a criação de polo químico-farmacêutico na Amazônia .

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) defenderá, no Fórum Social Mundial, em Belém (PA), a criação de um polo químico-farmacêutico na região amazônica. Teixeira apresentará a proposta durante sua palestra no painel Engenharia e Desenvolvimento Sustentável, no dia 27 de janeiro (quarta-feira), De acordo com o deputado, investir em biotecnologia é a melhor forma de explorar, de forma racional, o imenso potencial da floresta. “A biodiversidade amazônica é um patrimônio que até aqui foi pouco explorado pelo Brasil. Há uma oportunidade de fazer valer esse privilégio de ter a floresta em nosso território de forma inteligente, criando um pólo de tecnologia que irá gerar riqueza e ao mesmo tempo proteger a Amazônia”, afirma Teixeira.

Membro da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira acredita que a criação de uma indústria química, farmacêutica e de cosméticos ligada à Amazônia será uma ótima oportunidade de unir a iniciativa privada e os governos em torno de esforços para gerar empregos na região e também consolidar o Brasil como potência na área de pesquisa de fármacos. “A matéria-prima, que é a floresta, já está garantida”, diz Teixeira.

Para o parlamentar, um projeto bem implementado servirá como um vetor de expansão da atividade econômica, sem prejuízo para o meio ambiente. Da forma como é feita hoje a exploração da Amazônia, pouco tempo falta para que se torne insustentável. Segundo Teixeira, as atividades extrativistas podem ser mantidas na floresta, mas não da forma atual, e sim de maneira coordenada e racional, para que o patrimônio da biodiversidade se mantenha intacto enquanto se desenvolve a exploração.

A idéia da criação de um polo químico-farmacêutico, na visão do deputado, é um dos pontos de um projeto maior de aproveitamento sustentável da Amazônia. Dali se pode gerar energia de várias fontes, explorar pecuária, madeira e o turismo ecológico. Basta que seja de forma inteligente, gerida em conjunto por governos e empresas, de forma que a Amazônia seja a base de uma economia rica e ao mesmo tempo preservada.