Nova etapa do processo de restauração da Antiga Sé começa em março

BNDES aprova apoio de R$ 602 mil para recuperação da Capela Nosso Senhor dos Passos, localizada na lateral esquerda da igreja.

Escolhida como monumento símbolo das comemorações dos 200 anos da chegada da família imperial ao Brasil, a Igreja Nossa Senhora do Carmo – mais conhecida como Antiga Sé – foi contemplada novamente com um Programa de Restauração e Revitalização. O BNDES aprovou uma verba de R$ 602 mil, por meio da Lei Rouanet, para a restauração da Capela Nosso Senhor dos Passos, localizada na parte interna da igreja, junto ao Museu do Sítio Arqueológico, na lateral esquerda. Depois das obras de reforma realizadas no século XX, a capela foi deslocada para trás, razão pela qual não se pode vê-la da rua. As obras devem começar em março e têm previsão para durar nove meses.

A capela terá de volta suas cores e brilho originais: seu madeiramento e douramento serão recuperados, novas instalações elétricas serão implantadas, as talhas que revestem suas paredes vão passar por um processo de higienização e os painéis lisos ganharão um tom mais claro a fim de resgatar o esplendor da beleza do estilo rococó.

O projeto de restauração da Capela Nosso Senhor dos Passos é uma realização da Fundação Roberto Marinho e do BNDES, em parceria com a Subsecretaria de Patrimônio Cultural do município do Rio de Janeiro, da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, da 6ª Superintendência Regional do IPHAN e da Sociedade de Amigos da Igreja da Sé.

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé é considerada um dos templos de maior relevância histórica do país. Sua reabertura, depois de 18 meses de obras, aconteceu no dia 8 de março de 2008, exatos 200 anos após o desembarque da Corte Portuguesa no Rio de Janeiro. As obras do projeto de restauração da igreja foram abertas à visitação da população, revelando incríveis descobertas que os arqueólogos e restauradores faziam durante todo o processo. Atualmente, a igreja é palco de um espetáculo de Som e Luz que conta a história da igreja, que foi escolhida como Capela Real durante a estada de D. João no Rio de Janeiro, e também da construção do templo, por onde passaram nomes como o do padre José Maurício Nunes Garcia – considerado um dos maiores compositores de sua geração. A igreja possui também visitas guiadas, que são verdadeiras aulas de arte.