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30/01/2009 - 10:26

Cólicas fortes podem sinalizar problema sério

Palestras gratuitas esclarecem sobre endometriose, doença que pode levar à infertilidade.

Muitas mulheres sofrem com cólicas intensas, durante o período menstrual, e acreditam que esse é um problema natural, com o qual elas devem aprender a lidar. No entanto, cólicas fortes podem indicar uma doença que, em alguns casos, leva à infertilidade: a endometriose. Com o objetivo de esclarecer a população sobre a doença, o ginecologista Marco Aurélio Pinho de Oliveira, chefe do ambulatório de Endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), ministra duas palestras gratuitas no início deste ano: dia 31 de janeiro, às 13h, no Instituto Fernandes Figueira, no Flamengo, e dia 7 de fevereiro, às 9h, no Hupe, em Vila Isabel. Estima-se que a enfermidade atinja 15% das mulheres entre 15 e 45 anos.

Para entender a endometriose, é preciso compreender o que acontece com o corpo da mulher em idade fértil, no período menstrual. Todos os meses, o útero é revestido de uma mucosa chamada endométrio, se preparando para uma possível gravidez. Quando a gravidez não acontece, o endométrio é eliminado, através da menstruação. No entanto, pode ocorrer um refluxo do sangue da menstruação pelas trompas, levando as placas de endométrio a se fixarem nos ovários, trompas e em outros órgãos, como bexiga e intestino. “Já que atualmente há uma agressão do sistema imunológico por toxinas, poluição e alimentos com hormônios, por exemplo, o organismo da maioria das mulheres não consegue reagir e eliminar essa infiltração de sangue da menstruação. Assim, as placas de endométrio começam a crescer e inflamar os órgãos atingidos. Isso é endometriose”, explica Pinho de Oliveira.

Doença pode começar na adolescência - Desde a primeira menstruação as mulheres estão sujeitas a adquirir a doença. “Estima-se que aproximadamente 50% das adolescentes que têm cólicas muito intensas possam ser portadoras de endometriose”, alerta Marco Aurélio. O problema é que, muitas vezes, as mulheres subestimam os sintomas e só buscam pelo diagnóstico quando a doença encontra-se em grau avançado. “No mundo todo, há uma média de retardo do diagnóstico de 5 a 7 anos. Assim, uma adolescente de 15 anos com endometriose tende a descobrir a doença com mais de 20 anos, quando percebe que não consegue engravidar”, exemplifica o especialista. Para cada cinco mulheres que têm dificuldades de engravidar, duas têm endometriose.

Além das cólicas intensas, são sintomas da endometriose: infertilidade, dor que se inicia no pé da barriga e que se irradia para as costas e dor profunda nas relações sexuais. O diagnóstico preciso só pode ser feito pela videolaparoscopia, cirurgia na qual uma microcâmera e equipamentos cirúrgicos delicados são introduzidos por pequenos orifícios no abdômen e no umbigo. “No momento do diagnóstico já pode ser iniciado o tratamento, que pode ser complementado por medicações hormonais”, observa o ginecologista. Embora o tratamento não garanta a cura definitiva da endometriose, os sintomas da doença podem ser bastante reduzidos.

Palestras gratuitas sobre endometriose: Dia 31 de janeiro, sábado, às 13h, no Instituto Fernandes Figueira - Avenida Rui Barbosa, nº 716, Flamengo, Rio de Janeiro. | Dia 7 de fevereiro, sábado, às 9h, no Hospital Universitário Pedro Ernesto – Boulevard 28 de Setembro, nº 77, em Vila Isabel, Rio de Janeiro.

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