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30/01/2009 - 12:10

Suitability: Sairá na frente o banco que “pensar fora da caixa”

Ao longo de muitos anos no mercado brasileiro, os títulos públicos se constituíram nos principais ativos dos fundos de "renda fixa", devido às altas taxas de juros. O investidor se acostumou com altas rentabilidades, associadas aos baixos riscos e reduzida volatilidade.

Nesse cenário, a diferença entre as carteiras dos fundos de investimento, bem como as diferenças de rentabilidade, principalmente para os clientes dos bancos de varejo, eram pequenas, diminuindo assim a importância e a percepção do investidor sobre qual a melhor opção, momento de decidir e onde investir.

No cenário atual, com as remunerações menores dos títulos públicos, vem ocorrendo uma migração de investidores para fundos de renda variável, e de parte da carteira de fundos de "renda fixa" para ativos de crédito privado, e outros ativos que permitam uma maior rentabilidade, evidentemente com maior risco.

Neste novo paradigma, em função das inseguranças, desconhecimento e a vasta quantidade de opções, os investidores “não profissionais” começam a se perguntar: “Os meus investimentos são os mais adequados para os meus objetivos?” “O meu gerente realmente sabe do que necessito?” “O meu gerente não está me oferecendo este produto com o objetivo de atingir suas metas de venda?”

Com o intuito de assegurar e dar transparência para estes novos investidores, a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), na auto-regulamentação dos fundos de investimento, incluiu um capítulo que obriga as instituições financeiras, a partir de dezembro de 2009, a verificar a adequação da carteira de fundos do cliente ao seu perfil de investido o chamado Suitability.

O Suitability já é uma prática nos mercados europeu e americano e, por meio desta auto-regulação, os bancos já conhecendo a situação financeira, os objetivos e a experiência financeira de seus clientes deverão verificar e informá-los se os investimentos que eles possuem são os mais adequados.

Para os clientes do varejo, a auto-regulação irá assegurar um melhor nível de serviços, pois quando o seu gerente recomendar uma aplicação, ele a estará fazendo apoiado em uma metodologia que garanta que realmente esta será a melhor opção.

Isto implicará que, para conquistar e fidelizar o cliente, os bancos deverão ser criativos e inovadores na implantação da auto-regulação, garantindo assim um padrão mínimo no serviço de assessoramento de investimentos. O banco que souber “pensar fora da caixa” e oferecer aos clientes do varejo um serviço de assessoramento de investimento parecido aos prestados para cliente de alta renda, terão uma vantagem competitiva bastante grande sobre as demais instituições.

. Por Ivo Romansina, gerente de Entidades Financeiras da everis Brasil .

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