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31/01/2009 - 09:07

Relatório do World Economic Forum revela que são necessários US$ 515 bilhões em investimentos ambientais

Oportunidades em energia limpa têm potencial para gerar retorno econômico significativo. O estudo considera o etanol – feito de cana-de-açúcar – como uma das formas de combustíveis que irão alterar o mapa energético mundial, especialistas alertam sobre os riscos da complacência na luta contra as mudanças climáticas e defendem a sinergia entre as agendas econômicas e climáticas em 2009 ;

Davos-Klosters, Suíça - O World Economic Forum divulga o relatório Investimento Verde: Em busca de uma infra-estrutura para energia limpa. O documento mostra o volume de investimentos necessário para desenvolver uma infra-estrutura adequada para o uso de energia limpa, direcionada à redução da emissão de carbono .

A New Energy Finance, instituição que colaborou com o World Economic Forum na elaboração do relatório, alerta que sem investimentos de pelo menos US$ 515 bilhões por ano até 2030 em energia limpa, as emissões de carbono devem atingir patamares considerados insustentáveis, elevando a temperatura global em 2 graus.

O relatório identifica oito setores emergentes e com potencial para grande escala relacionados à energia limpa. O estudo conclui que essas iniciativas devem contribuir muito na migração para um novo cenário energético limpo: energia eólica em terra e no mar, solar fotovoltaica, térmica pelo sol, resíduo solar, etanol baseado em açúcar, biocombustíveis de celulose e de próxima geração e energia geotérmica.

Os autores do relatório, Max von Bismarck e Anuradha Gurung do World Economic Forum, e Chris Greenwood e Michael Liebreich da New Energy Finance, defendem “a necessidade de investimentos vultosos em infra-estrutura energética para enfrentar os desafios de insegurança energética e mudança climática. Em decorrência da crise financeira, é muito importante extrair o máximo possível de cada dólar na criação de um sistema que gere níveis menores de carbono.”

Oportunidades de energia limpa oferecem o potencial de grande retorno econômico. O relatório mostra que mesmo depois de um ano tumultuado como foi o de 2008, um índice com 90 das principais empresas de energia limpa no mundo gerou um retorno anual composto, durante 5 anos, de quase 10%, melhor que qualquer índice de ações do mundo.

Outros destaques do relatório são: Investimentos em energia limpa aumentaram aproximadamente US$ 30 bilhões em 2004 para mais de US$ 140 bilhões em 2008, e investimento em energia limpa não apenas aumentou, mas também mostrou maior diversidade geográfica. Os países em desenvolvimento atraíram 23% (US$ 26 bilhões) do financiamento de ativos em 2007, comparado com 13% (US$ 1.8 bilhões) em 2004.

Além disso, os quatro maiores pilares na migração para a energia limpa serão a eficiência energética, redes inteligentes, armazenamento de energia e a captura e armazenamento de carbono.

Condições bem estruturadas para a inovação, mercados para energia limpa criados por aquisições públicas, padrões para a eficiência energética e políticas simples e estáveis são fatores essenciais para enfrentar o desafio da mudança climática.

Durante coletiva de imprensa, no dia 29 de janeiro (quinta-feira), na Reunião Anual 2009 do World Economic Forum, Yvo de Boer, secretário executivo da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change, iniciativa das Nações Unidas para mudanças climáticas), Connie Hedegaard, Ministra de Clima e Energia da Dinamarca e Lord Nicholas Stern, entre muitos outros – inclusive representantes de alto escalão de ONGs e empresas e Membros do Conselho da Agenda Global para Mudanças Climáticas do World Economic Forum, apresentaram uma declaração defendendo a sincronicidade entre as agendas de economia e de clima em 2009. Eles pediram atenção para evitar a complacência nas negociações sobre o clima nas Nações Unidas, que devem ser concluídas em dezembro, em Copenhaguem, para substituir o Protocolo de Kyoto.

A declaração sugere que parte do dinheiro obtido por pacotes de estímulo fiscal seja investida em atividades que criem empregos e gerarem opções para diminuir as emissões. Eles acreditam que o cruzamento dos debates sobre a economia e o clima podem culminar em "oportunidades diplomáticas" em 2009.

. Mais informações sobre a Reunião Anual 2009 no site http://www.weforum.org/annualmeeting | Programa: http://www.weforum.org/annualmeeting/programme | Resumo das principais sessões: http://www.weforum.org/annualmeeting/summaries2009

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