Sebrae/RJ lança estudo sobre o setor de telecom fluminense

Pesquisa prevê crescimento de produtores de conteúdo no Estado do Rio de Janeiro. Provedores de serviços de alto valor agregado têm grande perspectiva de desenvolvimento

Em 2006, o governo federal anunciou a opção pelo padrão japonês para a TV Digital no Brasil. A escolha prevê a incorporação de inovações ou adequações desenvolvidas no país, com uma conseqüente abertura de mercado a micro e pequenos empreendimentos voltados à tecnologia da informação e à produção de conteúdo.

Estas, entre outras perspectivas de negócios, são apontadas por um estudo inédito desenvolvido pelo Sebrae/RJ, em parceria com a UFRJ. O lançamento da pesquisa Análise do Setor de Telecomunicações e das Cadeias Produtivas (de Tecnologia da Informação e Conteúdo) no Estado do Rio de Janeiro acontecerá dia 16, às 11 horas, no auditório da entidade - Rua Santa Luzia 685, 9º andar, Centro do Rio de Janeiro (RJ).

A pesquisa propõe linhas de ação com vistas ao desenvolvimento do setor e inserção de micro e pequenas empresas na cadeia de Telecom. O advento da TV Digital, por exemplo, contempla desde os produtores de conteúdo, hardware e software; passando pelos provedores de serviços, anunciantes, redes de televisão e distribuidores; até os consumidores finais, os telespectadores.

Entre outras previsões, o estudo constata uma tendência mundial à fusão de grandes agentes do mercado de telecomunicações e a absorção do serviço de VoIP (voz via internet) pelas grandes operadoras de telefonia. Dentro deste contexto, os pequenos produtores de conteúdo e “empacotadores” - os de TI, em especial -, ficarão mais suscetíveis às variações mercadológicas.

Médias, pequenas e microempresas não pretendem sair do Rio de Janeiro. A infra-estrutura de telecomunicações do estado é boa, embora a pesquisa aponte a violência associado ao Estado e a alta carga tributária refletida pela União.

Competência técnica e preços competitivos foram evidenciados como fatores determinantes para a seleção de fornecedores. São aspectos, de acordo com a análise, mais relevantes do que a localização e o porte das empresas avaliadas.

Diante deste quadro, os provedores de serviços de alto valor agregado têm melhor perspectiva de desenvolvimento. Os empreendimentos que atuam no segmento de “inteligência de software para conteúdo” e de produção de conteúdo estão em crescimento.