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31/01/2009 - 10:29

Figurinhas carimbadas

Então, América? Então Obama? Então você? Como o merchandising em torno do presidente ´´NÚMERO UM`` do planeta não tem limite, – caiu na rede (é, ou era peixe?) – virou foi figurinha carimbada! Walt Disney em pessoa perdeu longe. Woody Allen, idem, perdeu feio há coisa de 30 anos atrás na estréia do personagem Darth Vader de George Lucas, em ´´Guerra nas Estrelas``. Nossa guerra anda mais é na casa das estrelas. Em qual dos sentidos não custa muito matar na jogada. O pior há de vir? Prancha, surf, marolas... Incertezas, teorias e amuletos à parte, e mesmo que em voz rouca, quem canta seus males espanta. Pois, aquele que usa salto alto sabe que não pode desfilar nas dunas de areia. No asfalto molhado pode gerar um novo problema de torcicolo amanhecido. E que da recente fofoca Fenomenal fora de campo, nem queremos falar. Afinal, a bola ($$$) do homem já não anda muito cheia demais? Com esse aperto todo, ando mais é levando chuchu na minha marmita! Que a abobrinha anda é amadurecendo no meu quintal!!!

E quer outra! Com esse negócio de ´´Caminhos das Índias``, Bollywood é logo ali. Tudo é festa e ai de quem desferir na cantiga do do-ré-mi-fá o que diz no alto cartaz do ´´lambe-lambe`` teatral: ´´Perdoa por me traíres``. Só mesmo colocando a bela e sedutora Yvone (Letícia Sabatella) para morar sob o mesmo teto – admita-se o caso da então desgarrada loba da sua alcatéia, em pele de cordeiro, ir morar com a Silvia (Déborah Bloch) e o Raul (Alexandre Borges), no enredo da Glória Perez. Num casamento à beira de nervos, esperavas apenas efeitos computadorizados de sonambulismo pela sacada do prédio? Infiel, eu? Pelo menos até que a sorte nos separe... A cobra há de subir, não se apressem. O tal do ´´ficas comigo essa noite`` vai mais rápido que elevador de andar em andar. Quando passa do vigésimo-primeiro, as cenas do ´´Você Decide`` ou do ``Vale a Pena Ver de Novo`` entra em slow motion. Claro, o digite UM para continuar na linha e o DOIS para ouvir uma invejável voz eletrônica ao som de ´´Pour Elise`` nunca deixará de ser um bom motivo para você aguardar no TRÊS e pelo que certamente não encontrará resposta alguma até a encheção do QUATRO. De resto é desligar da tomada e começar tudo de novo.Tim, tim, por tim, tim.

Por outro lado.... Com tanto jogo de afinidades, iras e ´´birras``, pós stripper Priscila versus Emanuel no reality show batizado de BBB`9, na desafiada – e bem desafinada missão de Pedro Bial na casa mais vigiada do Brasil – briga de foice, foi-se mesmo o tempo em que o peru morria na véspera com um trago apenas de pinga. O duro é amanhecer no dia seguinte com tanta olheira, vigiando o futuro ganhador do milhão. Agora é tequila, sal e limão. Merengue só na minha querida Bahia onde tudo é Amaro. Sossegue, nada de divisão de bens com o nobre telebrother aí de plantão e que não precisa sequer adivinhar a cor que se esconde por baixo dos panos. Será que queremos curtir a doença? Ops. Daí o por quê de muitas investidas televisivas cair sempre no patamar do (in)útil e fútil com patrocínios extra-fenomenais. Motivo para mais um dose? Fora do bafômetro, quer maior exemplo a cada capítulo inédito que nem mesmo o João Treme-Treme da padaria do seo Jorge (– Toma uma e paga duas) consegue acompanhar!? Nem com a estréia do bom velhinho Nono que pela sua experiência dos longos anos vividos não caiu na preferência nacional. Vai virar capa? Motivo para mais uma dose, portanto, é pouco para determinadas engrenagens. E também quanto aquela anedota da folia de carnaval, ´´a perereca da vizinha está presa na gaiola``, afffff, tamanho nunca deixou de ser cumprimento. Baixinho só o nosso salário e que não precisamos de treinamento acadêmico para ficar no picadeiro. Não é à toa que dizem que a galinha nunca abandonou a idéia de viver de grão em grão. Só que daquele outro lado, lá por aqueles arredores palacianos, abocanham sacas inteiras. Aliás, não está tudo tão quieto ultimamente, a não ser no termômetro da crise? As palavras se misturam no liquificador, a sopa da Xuxa?, mas acabam se encontrando. Ilusão de ótica fora do deserto do Saara sempre foi um grande problema. Beautiful? América?

Não fosse a paixão instantânea por aquela diva, o que seria dos poetas, heim? ´´El dia que me quieras?``, e que ´´Se tu ojos negros``, jamais esquecerei, só mesmo na voz de Carlos Gardel em meio a um bom tango argentino que muito bem todos dançamos por aqui, como na Rússia, Paris e Lisboa. Quanto aquele encenado por Marlon Brando e Maria Schneider (1972, liberado no Brasil só em 79), bom, que de cenas amanteigadas e de desnudamentos apressados quase não (?) nos chocam mais, principalmente quando na companhia de um bom cobertor de orelha, (sic) quanto as tais figurinhas carimbadas, ora essa!, mas será o Benedito!? AND NOW AMERICA? Luz interior, chapinha, só na geladeira!

. Por: Celso Fernandes, jornalista, poeta e escritor, autor de ´´As duas faces de Laura``, ´´O Sedutor``, Sonho de Poeta`` (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.

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