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03/02/2009 - 11:58

A importância da sustentabilidade para a construção civil

Num mercado cada vez mais competitivo, as empresas da construção civil buscam atender à demanda social por obras com menor impacto sobre o ambiente.

O momento favorável da economia brasileira traz crescimento nos resultados das empresas e levanta discussões práticas com todos os envolvidos. O sucesso empresarial será revertido para sociedade mas algumas dificuldades devem trazer preocupação aos projetistas, aos fabricantes de materiais e à mão-de-obra técnica e gerencial.Em cidades com acelerada inserção de obras no meio urbano, o impacto negativo da construção pode ir além do custo do metro quadrado.

A construção civil é tão poluente como os carros e as indústrias pois contribuem para o desmatamento das florestas, o aquecimento global, o uso irracional de água, o efeito estufa e os ruídos urbanos, entre outros fenômenos. No mundo, construção civil consome cerca de 25% da madeira de uso não combustível, 40% dos materiais e energias e 17% da água doce. Para combater a imagem da construção como “acidente ecológico”, os princípios da construção sustentável seriam uma nova maneira de abordar a elaboração do programa da edificação, a concepção, a realização e a gestão dos prédios.

Algumas medidas podem ser tomadas pelos arquitetos e projetistas para a elaboração de um edifício visando a redução do impacto sobre o meio ambiente: optar por implantações e orientações de prédios que respeitem as características do terreno e o clima; privilegiar tratamentos paisagísticos; escolher materiais adaptados ao entorno e provenientes de locais próximos; otimizar o sistema construtivo evitando super dimensionamentos; implantar sistemas de gestão de resíduos durante a obra e procedimentos limpos; favorecer o uso de luz natural; buscar o equilíbrio entre iluminação e sistemas de ventilação naturais e artificiais; prover o edifício de sistemas de geração de energia e consumo renovável; economizar água potável; reduzir as perdas no aproveitamento da água de chuva; escolher equipamentos sanitários eficientes; reduzir a área impermeável; otimizar o saneamento das águas residuais; garantir a gestão de águas pluviais no terreno; implantar de técnicas de depuração de esgotos antes de ir para rede pública; escolher materiais para tubulações hidráulicas que não contaminem a água; proteger a rede de distribuição coletiva de água; fazer um levantamento de usos dos futuros resíduos que serão produzidos pelo prédio; prever locais específicos para cada tipo de resíduo, a coleta e reaproveitamento; elaborar projetos de acordo como clima da região e o uso do edifício visando a redução do consumo energético por equipamentos de climatização; analisar o comportamento acústico na definição da volumetria do edifício; providenciar proteção acústica natural e artificial; usar elementos de proteção solar; prever meios de controle e regulação necessários à iluminação natural para evitar o superaquecimento; utilizar materiais e produtos menos contaminantes; escolher materiais normatizados; pressupor a ergonomia no projeto;incentivar o uso de transportes públicos e ciclovias; observar a legislação vigente de acessibilidade e promover a integração de usuários portadores de deficiências.

Existem inúmeras medidas para criar um projeto que provoque o menor impacto ambiental. Porém essas medidas devem ser analisadas e aplicadas em todas as fases do ciclo de vida do edifício desde a programação, concepção, execução, ocupação, manutenção, reabilitação e eventual demolição.

Nas áreas do planejamento arquitetônico e urbanismo também devem ser tomadas algumas medidas para implantação de um programa de desenvolvimento sustentável, tais como: pesquisar o emprego de novos materiais na construção; reestruturar a distribuição de zonas residenciais e industriais; reciclar materiais reaproveitáveis e buscar fontes alternativas de energia. A adoção da sustentabilidade pelas empresas do setor da construção servirá para que sejam atingidos alguns objetivos estratégicos mas, mais importante, para desenvolver a consciência das pessoas no ambiente de negócios.

.Por: Samara Meneses Silva, Gerente de Incorporação da Cosil Construções e Incorporações e pós-graduanda do CEAG da Fundação Getulio Vargas.

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