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AEA lança projeto SIMBA no Brasil

Projeto de cooperação entre Brasil e União Européia visa à troca de know-how tecnológico nos campos de sistemas de transportes inteligentes, infra-estrutura e automotivo em geral.

Oferecer subsídios para a pesquisa e desenvolvimento da telemática no País, melhorar a infra-estrutura das vias e as novas tecnologias no setor automotivo com o objetivo de aumentar a segurança nas ruas e estradas brasileiras, a mobilidade e a eficiência no transporte. Estes são alguns dos objetivos do SIMBA, projeto de cooperação internacional entre a União Européia e os mercados emergentes do Brasil, China, África do Sul e Índia, que teve seu lançamento oficial no País nos dias 30 e 31 de outubro.

O workshop, organizado pela AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) - representante oficial do programa no Brasil - e pela Ertico (coordenadora do projeto que representa a União Européia), contou com a participação de executivos da União Européia e do governo brasileiro que trocaram experiências do que pode ser transferido de tecnologias européias para melhorar o tráfego brasileiro e vice-versa. "Os objetivos do SIMBA serão atingidos por meio da troca de know-how tecnológico entre as empresas de cada país. O projeto vai mapear as atividades de pesquisa, as políticas e as demandas futuras, assim como organizar eventos regulares para estabelecer as prioridades e definir áreas para futuras cooperações. O SIMBA busca identificar o que é comum entre cada país e formar parcerias para criar soluções", explica Paulo Lozano, diretor-técnico da AEA e coordenador do projeto.

A União Européia possui um orçamento de 54 bilhões de euros para desenvolvimento de novas tecnologias em diversas áreas, além de projetos de cooperação com outros países de 2007 a 2013. No SIMBA, especificamente, serão investidos 1,1 milhão de euros. O papel da AEA neste processo será apresentar o projeto a especialistas em trânsito, órgãos governamentais ligados ao tema e a toda a cadeia automotiva e tornar-se facilitadora das duas partes. A associação identificará oportunidades de cooperação e fará o contato necessário para concretizar essas interações.

A União Européia decidiu investir nessa área devido aos 1,7 milhão de acidentes que acontecem por ano nas estradas e ruas da região, somando 40 mil mortes. Estima-se que a Europa perca entre 1% e 3% de seu PIB (Produto Interno Bruto) com essas vítimas, além de 670 bilhões de euros por ano com o tempo gasto em congestionamentos. O desafio é tornar o transporte mais eficiente e seguro, além de diminuir o impacto no meio ambiente. "Pretendemos colocar em prática o SIMBA de forma a evitar ao máximo a ocorrência de colisões e os congestionamentos", comenta Mariana Andrade, gerente de Projetos e de Desenvolvimento de Cooperação Internacional e de Tecnologias de Interação entre Veículos e Infra-estrutura da Ertico.

No Brasil ocorrem por ano mais de 33 mil mortes em acidentes automobilísticos. No total, são mais de 400 mil feridos todos os anos, que geram um custo superior a R$ 10 bilhões. Em congestionamentos, somente em São Paulo, estima-se um gasto de cerca de R$ 600 milhões por ano. "São estas e outras questões que impulsionam projetos de cooperação a fim de sanar os problemas relativos ao tráfego terrestre no País", aponta Lozano.

Brasil e União Européia apontam soluções - Uma opção apresentada por Jacob Bangsgaard, diretor do projeto SIMBA, para amenizar os congestionamentos é o desenvolvimento dos Sistemas de Transportes Inteligentes (ITS) por meio da telemática. Esta tecnologia permite que os motoristas evitem passar por ruas e avenidas com excesso de veículos e percam menos tempo parados.

O processo da telemática começa com a coleta e interpretação de dados sobre o fluxo de veículos na localidade que será analisada. Estas informações são requisitadas para otimizar o controle do tráfego por parte das autoridades. Ao fornecer dados digitais do tráfego em tempo real ao motorista, a telemática é capaz de minimizar congestionamentos e reduzir o tráfego de veículos, o consumo de combustível, a poluição e os tempos de viagens, entre outros.

Já para reduzir o impacto ambiental nas emissões de gases poluentes na atmosfera, a solução apontada pelo Brasil é o uso do motor bicombustível nos veículos automotores. Estudos indicam que o uso de combustíveis de origem fóssil é um dos responsáveis pelo efeito estufa.

Outras soluções apontadas são o biodiesel, GNV e até de carros movidos à eletricidade, tecnologias que também estão sendo desenvolvidas pelo Brasil. "Estamos bastante otimistas com este projeto. O intuito é que diversas entidades ligadas ao setor no País participem do SIMBA", finaliza Lozano.

A AEA, fundada em 1984, é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover discussões técnicas ligadas ao setor automotivo, energético e de transporte em geral. Entre os membros associados estão: montadoras de veículos, fabricantes de motores e autopeças, produtores e distribuidores de combustíveis, representantes da área acadêmica, institutos de pesquisa públicos e privados e órgãos governamentais. Os trabalhos e avaliações realizadas na AEA se desenvolvem por meio de comissões técnicas. A AEA atua junto à sociedade como um todo, consolidando sua condição de entidade tecnicamente isenta e independente. (www.aea.org.br)

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