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04/02/2009 - 10:01

Desaceleração da turbulência econômica


Para combater os efeitos da crise no Brasil, o governo anunciou uma série de medidas imediatas para estimular o consumo, como redução nas alíquotas de impostos e nos juros. Considera-se pertinente a atitude inicial do governo, mas o pacote para conter o desemprego e a retenção no crédito poderia ser adotado de forma preventiva, e não em caráter de urgência. Isso porque a economia do país é forte e a crise não se instalaria na região. Estudar uma alternativa em longo prazo talvez amenizasse o efeito em cadeia, que tem prejudicado desde grandes empresas ao cidadão desempregado.

Em outros momentos, como na década de 30, o Brasil soube utilizar a crise a seu favor, sendo o primeiro país a sair da recessão. E por que não aproveitar a melhor oportunidade para enfrentar a crise neste momento? Apesar do mundo estar definitivamente sofrendo os efeitos da crise, o Brasil ainda pode sair deste momento fortalecido por estar mais preparado para encarar a atual conjuntura.

A torcida em torno da recuperação da economia mundial é perceptível. Em geral, as crises financeiras, como a que está ocorrendo atualmente, propiciam oportunidade de mudanças. Essas alterações tanto podem melhorar as condições de vida dos trabalhadores quanto aprofundar ainda mais as grandes desigualdades sociais, características da sociedade capitalista. Dependendo como a intervenção do Estado for usada, o resultado poderá, sim, ser de regressões nos direitos e nas conquistas dos trabalhadores.

Boa parte do setor produtivo reviu as margens de crescimento para este ano. Os efeitos da crise que chegaram às empresas não só estimularam a redução de gastos para a companhia, como também a expressiva redução de arrecadação de impostos destinados aos cofres públicos.

Priorizar investimentos e a produção nacional, bem como manter os empregos, que hoje tem sido o grande vilão da crise no país, são possíveis alternativas que podem alimentar a economia e circular mais o dinheiro. Até mesmo os Estados Unidos, a maior potência do planeta, que desencadeou a crise mundial, está otimista com a nova gestão dos Democratas. A vitória de Barack Obama trouxe um novo alento para a economia do país. O governo norteamericano sinaliza que irá implementar diversas medidas para conter o avanço da crise imediatamente, com projetos idealizados a curto, médio e longo prazo.

O Congresso Nacional, por sua vez, sem sensibilidade e envolvimento com os orçamentos e gastos, mesmo com a inflação sob controle, desestimulam o enfrentamento da crise, que tem por objetivo principal angariar novas bases positivas para a população e estabilizar as atividades econômicas.

O cenário para 2009 é promissor, apesar de ainda enfrentar um período crítico de altos índices de desempregos e acirramento. Mas as pressões para mudança radical da política monetária instigará maior busca de competitividades dos empresariados e atitudes das associações de classe. Após essas turbulências, espera-se que 2010 já aponte para a estabilidade econômica mundial e para o fortalecimento da cadeia produtiva.

. Por: Fábio de Carvalho, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal.

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