Roche Brasil investiu 47.9 milhões de reais em tecnologia de ponta em 2008

As vendas da filial brasileira representaram cerca de 1.7 bilhões de reais, num crescimento de 9% em relação ao ano anterior, e exportou US$ 88,1 milhões, uma alta de 14% comparada a 2007. Para 2009, a expectativa da empresa é crescer nas exportações em cerca de 25%, com o início das vendas da unidade brasileira para a Europa. E apesar do ambiente de crise econômica global, a Roche comprova solidez com 10% de aumento nas vendas do grupo e investimento de 8,8 bilhões de francos suíços em P&D. Números divulgados pela holding em seu balanço anual.

Basiléia- A Roche Holding AG anunciou no dia 4 de fevereiro (quarta-feira), em sua sede da Basiléia, Suíça, os resultados financeiros referentes a 2008. Mais uma vez, o grupo, um dos maiores do mundo na área farmacêutica, divulgou números positivos comprovando a importância da sua solidez para encarar um cenário de crise econômica global, que começou no final do ano passado e avança para 2009 sem previsão de término. Só na área de pesquisa e desenvolvimento, responsável pela criação de produtos pioneiros e sofisticados, houve um crescimento de 13% (em moeda local), num investimento total de 8,8 bilhões de francos suíços. O total de vendas do grupo contabilizou 45,6 bilhões de francos suíços, num crescimento de 6%. A Divisão Farmacêutica foi responsável por 79% das vendas do grupo, enquanto a Divisão Diagnóstica representou 21%.

A divisão Farmacêutica, que pelo sexto ano consecutivo apresenta aumento, este ano superou o crescimento do mercado em duas vezes. Desta forma, teve alta no índice de vendas de 5%, num total de aproximadamente 36 bilhões de francos. O lucro operacional desta divisão foi de 13 bilhões de francos. Com fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, da ordem de 7,9 bilhões de francos suíços (crescimento de 11% em relação ao ano anterior), a área farmacêutica trouxe diversos destaques.

A demanda continuou muito forte por medicamentos para câncer como Avastin (bevacizumabe), Herceptin (trastuzumabe), MabThera (rituximabe), Tarceva (cloridrato de erlotinibe) e Xeloda (capecitabina). As vendas combinadas dos produtos oncológicos da divisão cresceram 15% no ano, representando 19,7 bilhões de francos suíços e reforçando a liderança de mercado da Roche nesta área terapêutica. O Avastin foi aprovado nos EUA para tratamento do câncer de mama, enquanto nos EUA e Europa foi submetido à autorização das agências reguladoras para tratamento de tumores cerebrais. Pela primeira vez três medicamentos para câncer alcançaram um faturamento superior a 5 bilhões de francos suíços cada um.

Outros produtos farmacêuticos que geraram crescimento foram Bonviva (ibandronato de sódio) para osteoporose, CellCept (micofelonato de mofetila) em transplantes e Pegasys (alfapeginterferona 2a [40 KD]) em hepatites. Mais destaques foram o Mircera (betaepoetina-metoxipolietilenoglicol) lançado na Europa para tratamento de anemia renal e o Actemra, aprovado e lançado no Japão, União Européia e Suíça, para tratamento da artrite reumatóide. Tratam-se de duas grandes apostas da farmacêutica para o ano de 2009.

Em 2008 também foram iniciados 12 grandes estudos em Fase III. Com as aquisições da Piramed, Mirus e ARIUS, houve um fortalecimento sensível da carteira de produtos em desenvolvimento, com novos princípios ativos e novas tecnologias.

Na Divisão Diagnóstica, a companhia mantém sua liderança no mercado mundial. A área registrou, em 2008, um aumento das vendas em 10%, num total de 9,7 bilhões de francos suíços. Também neste ano foi concluída a integração da Tissue Diagnostics (Ventana), com performance de negócios excedendo a expectativa do Grupo.

Sobre o balanço das operações em 2008, Severin Schwan, diretor geral (CEO) da Roche, disse que “o grupo manteve a tendência positiva dos últimos anos. As vendas das Divisões Farmacêutica e Diagnóstica voltaram a crescer consideravelmente, acima dos seus respectivos mercados. Os benefícios por ação dos negócios centrais também aumentaram novamente”. A respeito da crise econômica global, o CEO é categórico ao afirmar que “em tempos de turbulência financeira, é importante que mantenhamos rigorosamente nossas estratégias de negócio. Manteremos o foco dos investimentos em nossas principais áreas, que se constituem nas divisões Farmacêutica e Diagnóstica. Nosso objetivo continua sendo proporcionar aos pacientes tratamentos cada vez melhores e mais específicos para suas doenças, apostando na qualidade de vida das pessoas”.

Roche Brasil - Para colocar o Brasil no mapa da tecnologia de ponta, a Roche reforça os recursos destinados à pesquisa clínica. Em 2008, a empresa investiu cerca de R$ 47.9 milhões na área, o que representa um aumento de 12% no investimento em relação ao ano anterior. As vendas da filial brasileira representaram cerca de 1.7 bilhões de reais, num crescimento de 9% em relação ao ano anterior.

O balanço financeiro da companhia no Brasil só será apresentado no próximo mês de abril, mas resultados prévios apontam que o grupo cresceu acima da média do mercado no país. Também no ano passado, a companhia exportou US$ 88,1 milhões, uma alta de 14% comparada ao período anterior. Para 2009, a expectativa da empresa é crescer nas exportações em cerca de 25%, com o início das vendas da unidade brasileira para a Europa.

A Roche - Sediada na Basiléia, Suíça, a Roche é uma das empresas mundiais líderes na área de saúde, tendo seu foco centrado em pesquisa nas áreas de produtos farmacêuticos e de diagnósticos. Como uma das empresas líderes em biotecnologia e fornecedora de produtos e serviços para a detecção precoce, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, o Grupo Roche contribui de forma ampla à melhoria das condições de saúde e qualidade de vida das pessoas. A Roche é a líder mundial no mercado de diagnósticos, assim como a principal fornecedora de produtos farmacêuticos para câncer e transplante. É também líder de mercado em virologia e em outras áreas terapêuticas como doenças auto-imunes, inflamação, metabólicos e sistema nervoso central. A Roche conta com uma equipe de cerca de 80.000 funcionários em mais de 150 países e possui alianças e parcerias estratégicas na área de Pesquisa & Desenvolvimento com várias empresas, incluindo uma participação acionista majoritária na empresas Genentech e Chugai e investe anualmente cerca de 8 bilhões de francos suíços em P&D.