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16/03/2007 - 09:57

Nem líderes, nem gerentes.as empresas precisam de ‘lidestores’

A busca é por pessoas que potencializem a criatividade de um líder com a eficiência de um gestor. O desenvolvimento de líderes e gestores tem sido o tema mais importante nas agendas de treinamento das universidades corporativas e das áreas de RH das organizações. É a prioridade do momento, uma verdadeira "epidemia" que retrata a preocupação com o futuro das carreiras dos profissionais e dos negócios, o que é plenamente saudável. Mas são tantas as diferentes características e competências exigidas que os profissionais acabam tendo dificuldade em discernir o que é e o que faz um líder ou um gestor.

Para esclarecer e escapar de modismos que tendem a dizer que as duas são a mesma coisa, fomos buscar no dicionário Aurélio a definição correta para líder e gestor no mundo dos negócios:

- Líder: 1. Indivíduo que chefia, comanda e/ou orienta em qualquer tipo de ação empresa ou linha de idéias; 2. Guia, chefe ou condutor que representa um grupo, uma corrente de opinião, etc.

- Gestor: 1. Quem gere ou administra negócios, bens ou serviços; (entende-se aqui qualquer tipo de serviço, como produção, marketing, projetos, etc.);

No ambiente de trabalho é fácil identificar estes dois perfis. Há profissionais que são claramente líderes. Incentivam, cativam, reconhecem, orientam e organizam a equipe, mas são péssimos em administrar prazos e verbas. Por outro lado, há os fantásticos “tocadores de projetos”, comandando centenas de pessoas com a precisão de um relógio, mas sem a mínima sensibilidade em relação aos seus subordinados.

Até agora, estes dois perfis podiam conviver de forma separada nas organizações, pois juntos reuniam características essenciais para a condução dos negócios. Mas com o processo de inserção cada vez maior das empresas no contexto do desenvolvimento sustentável, onde ao lado da dimensão econômica a responsabilidade sócio-ambiental assumem papel fundamental para a sua sobrevivência, são cada vez mais necessários os “lidestores”, pessoas que potencializem a criatividade de um líder com a eficiência de um gestor. Ou ainda, pessoas que saibam planejar como gestores, mas tenham a visão do todo como líderes.

Quais são então as características mais latentes dos “lidestores”? A que desponta como uma das mais importantes é trabalhar com a “cabeça e o coração” (racional e emocional) conforme os cenários exijam soluções que empreguem a ciência ou a arte. A ética, o caráter, a estabilidade emocional, juntamente com a responsabilidade em agir de acordo aos preceitos do desenvolvimento sustentável, mesmo em situações extremas, é essencial. Ouvir, orientar, dar “feedback”, delegar, corrigir, tomar decisões, motivar, trabalhar em e com equipes, dedicar-se para o sucesso do tudo e de todos, desenvolver as pessoas e ter talent o social surgem como mola propulsora advinda da liderança e gerência. Planejar, ter intuição, controlar, ter sensibilidade, estar atendo aos detalhes, ter visão holística, cuidar dos processos, ter dedicação ao coletivo, aprender a aprender, aprender a aprimorar, aprender a reaprender, aprender a recomeçar, aprender a ensinar, fomentar a melhoria contínua, desenvolver a percepção, cuidar dos clientes, gerir projetos e inovar são complementaridades que transformam líderes e gerentes em “lidestores”.

Como diria Henry Mintzberg, conceituado e polêmico estudioso canadense da administração empresarial e considerado um dos mais importantes gurus mundiais da estratégia: “a eficácia organizacional não está no conceito obtuso denominado 'racionalidade'; ela reside na mistura de uma lógica c ristalina com uma intuição poderosa".

Perfil do Insadi - Completando cinco anos de fundação, o Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual (Insadi) é pioneiro e líder na divulgação e disseminação da Gestão de Processos no Brasil. Com escritórios em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), a entidade realiza cursos, treinamentos, programas de desenvolvimento e consultorias da sua unidade Business Processes School, coordena e promove as atividades do Fórum Brasileiro de Processos (FBP) e organiza o evento anual “Business Process Day”. Já a sua unidade Human Excellence promove trabalhos na área comportamental, onde usando a metodologia TAR desenvolve o alinhamento entre as competências técnicas e as de atitude, alinhando assim processos e pessoas.

Para o diretor do Insadi, Dieter Kelber, o principal propósito do trabalho é mostrar que a gestão de processos não se restringe à tecnologia, como costuma ser vista por outras áreas. “Pelo contrário, como o seu próprio nome diz, ela envolve processos de negócios, o que abrange não só TI mas todas as áreas envolvidas com o atendimento às necessidades dos clientes: marketing, vendas, RH, logística, finanças, etc. “E os profissionais de processos de negócios são os responsáveis por facilitar a integração dessas atividades”, considera.

Por: Dieter Kelber é pesquisador, consultor e diretor-executivo do Insadi Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual e da Business Processes School. | E-mail: [email protected]

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