Povos quilombolas do Vale do Jequitinhonha receberão barraginhas e lago de múltiplo uso

Comunidades quilombolas do Vale do Jequitinhonha mineiro que vivem em condições de miserabilidade serão beneficiadas com a construção de 300 barraginhas para a captação da água das chuvas e um lago de múltiplo uso, que será usado como criatório de peixes e para a irrigação de hortas comunitárias. Três municípios serão atendidos em uma região que possui um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do Estado: Chapada do Norte, Berilo e Francisco Badaró.

As ações serão custeadas pela Petrobras, através do projeto "Desenvolvimento e Cidadania", coordenado pelo engenheiro agrônomo Luciano Cordoval de Barros, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). Até a próxima quinta-feira, 12, diversas incursões da equipe do projeto na região em parceria com os representantes dos sindicatos rurais e das associações comunitárias pretendem mobilizar comunidades rurais quilombolas. “A meta é construir em cada município 100 barraginhas, beneficiando 50 famílias em cada cidade, em média, além do lago de múltiplo uso”, descreve Luciano.

Hortas comunitárias – A parceria entre a Embrapa Milho e Sorgo, através do projeto financiado pela Petrobras, e estas comunidades teve início em 2007, com uma visita de representantes de 22 localidades ao projeto piloto em Sete Lagoas-MG. Para 2009, segundo Cordoval, o projeto ainda beneficiará Janaúba, no Norte de Minas, e um município no estado do Piauí. “No total serão construídas mais 300 barraginhas nestas duas localidades”, completa. Luciano adianta que duas hortas comunitárias urbanas também serão construídas este ano em Sete Lagoas e na capital mineira, “beneficiando cerca de 30 famílias em cada cidade”.