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13/02/2009 - 08:07

Prefeitura apoia Estado para tirar a Linha 4 do metrô do papel


O governador Sérgio Cabral começa a tirar do papel o antigo projeto de levar o metrô à Barra da Tijuca, na Zona Oeste, graças às parcerias com o governo federal e a Prefeitura do Rio. Do primeiro, ganhou a promessa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de destinar para a implantação da Linha 4 parte do dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, que vai financiar obras que facilitem o deslocamento de pessoas durante a Copa do Mundo de 2014. Do outro parceiro, o prefeito Eduardo Paes, recebeu hoje o apoio, concretizado por meio da .

Em cerimônia realizada no Palácio da Cidade, sede da prefeitura, em Botafogo, na manhã desta quinta-feira, o prefeito já entregou ao presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felipe, mensagem do Executivo solicitando a aprovação de recuperação do poder construtivo de terrenos do Estado remanescentes das desapropriações para a implantação da Linhas 1 do metrô, terrenos declarados áreas de especial interesse urbanístico pela Lei municipal 2.396/1996. A mudança na lei permitirá ao governo estadual vender esses terrenos e aplicar os recursos na implantação do metrô até a Barra.

Eduardo Paes disse a Felipe e aos vereadores presentes, quase a totalidade da Câmara, que vai participar com todo o seu secretariado dos trabalhos de abertura do ano legislativo na próxima segunda-feira.

- Vou estar lá para estabelecer uma relação aberta e transparente com os vereadores e encaminhar as mensagens prioritárias da prefeitura. E quero pedir prioridade absoluta para o projeto do metrô. Os vereadores, como legítimos representantes do povo, sabem a importância de darmos viabilidade para um investimento como este. O metrô não é uma tarefa da prefeitura, mas é também uma responsabilidade da cidade. E tudo que diz respeito à cidade passa a ser responsabilidade e obrigação do prefeito - disse Paes.

Cabral ressaltou que a expansão metroviária é uma demanda do crescimento da cidade, prioritária em sua política de valorização do transporte coletivo, mas, em termos imediatos, também vai ajudar os deslocamentos de torcedores durante os jogos da Copa do Mundo de 2014 e atenderá a uma das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) para dar ao Rio a vitória na disputa com Chicago, Madri e Tóquio para sede das Olimpíadas de 2016.

- Além de tirar milhares de carros das ruas, a expansão da Linha 1 do metrõ não vai dar conforto apenas aos moradores da Barra e do Recreio dos Bandeirantes, mas de toda a cidade, ao turista, a todos que usam o metrô. Quem não usou o metrô quando viajou ao exterior? Então, é um marco civilizatório o que estamos fazendo aqui hoje. E mais: combinado com este momento mágico, de sermos uma das 12 sedes do Mundial, e, tenho certeza, de ganharmos as Olimpíadas de 2016 - exaltou Cabral.

São mesmo muitos os motivos de entusiasmo do governador, do prefeito, vereadores e de todos os que moram e visitam o Rio. Dentro de alguns anos, viajando de metrô, uma pessoa poderá sair do Centro do Rio e chegar à Barra da Tijuca, na Zona Oeste, ou vice-versa, em apenas 34 minutos. Percurso que atualmente, se feito de carro ou de ônibus, dura até duas horas, nos horários de pico. Com um atrativo a mais: pagando de passagem somente o equivalente à tarifa hoje praticada de R$ 2,60.

O projeto foi apresentado pelo secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, com a exibição de um vídeo. Ele se divide em dois subprojetos: um, licitado em 1998, vencido pelo Consórcio Rio Barra, que vai da Gávea ao Jardim Oceânico, na Barra, com três estações (Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico), e outro, a ser licitado, que será a expansão da Linha 1, saindo da estação General Osório, em Ipanema, até a Gávea, com a construção de mais três estações intermediárias (Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Jardim de Alah e Leblon).

Atendendo um estudo de demanda, que mostrou ser a Zona Sul carioca, especialmente os bairros de Leblon, Ipanema e Copacabana, o destino de maior parte dos moradores da Barra, com movimentação de passageiros durante todos os dias e em todos os horários, o projeto original da Linha 4 foi modificado pelo governo do estado, depois de negociação com o consórcio, responsável pela construção e operação da linha.

O antigo traçado saía do Morro de São João, em Botafogo, passava pelo Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico. Com a construção de seis estações, o trajeto teria 16,3 quilômetros de trilhos, atendendo uma demanda estimada de 120 mil passageiros por dia. Além de o custo da obra ser bem mais elevado, este traçado implicaria na cobrança de uma tarifa de R$ 6,40. Se quisesse seguir viagem pela Linha 1, o passageiro teria de pagar mais R$ 2,60 de passagem cobrada pela concessionária Metrô Rio.

Com o traçado alterado, a Linha 4 irá do Jardim Oceânico até a Gávea, passando por São Conrado, como estava previsto. A conexão com a Linha 1 se dará na Gávea, com extensão deste ramal desde a Praça General Osório, em Ipanema. A extensão da Praça General Osório à Barra será de 13,5 quilômetros, 2,8 quilômetros a menos e mais estações (6) que o traçado anterior, além de atender uma demanda maior de passageiros: 230 mil/dia, pagando apenas uma passagem de R$ 2,60.

- Serão 34 minutos de viagem da Barra ao Centro, sem a angústia dos congestionamentos diários. Este traçado atende a bairros mais populosos e com maior atividade econômica, além de incluir uma estação na Gávea que favorecerá a população universitária da PUC e também facilitando o acesso ao shopping da Gávea - argumentou o secretário de Transportes, Julio Lopes, acrescentando que as regiões de Botafogo, Humaitá e Jardim Botânico, a partir da estação Gávea, serão contempladas com a integração metrô/ônibus, sistema que hoje já transporta por dia 120 mil passageiros das linhas 1 e 2. - 0 mesmo deverá ocorrer na estação Jardim Oceânico para Jacarepaguá e Recreio - completou.

Estiveram presentes o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, os secretários de Governo, Wilson Carlos de Carvalho, de Turismo, Esporte e Lazer, Márcia Lins, e de Trabalho e Renda, Ronald Ázaro, o presidente do COB, Carlos Nuzman, líderes comunitários dos bairros envolvidos, vereadores e secretários municipais, entre outros.

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