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13/02/2009 - 08:29

Indústria do Rio dá sinais de reação à crise

Ritmo de produção e expectativa de vendas para o 1º trimestre são positivos.

A indústria do Rio de Janeiro começa a dar os primeiros sinais de reação à crise econômica, com 58,5% das empresas declarando que seu ritmo de produção não foi afetado, e 67,4% apostando em manutenção ou alta das vendas no 1º trimestre. Os dados são da Pesquisa de Nível de Atividade das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, apresentada no dia 12 de fevereiro (quinta-feira), pelo presidente em exercício da Firjan, Carlos Mariani Bittencourt.

Participaram da pesquisa 178 empresas, que juntas têm 53.634 trabalhadores, representando todos os setores da indústria. As entrevistas foram realizadas na primeira semana de fevereiro. Os efeitos da crise internacional foram significativos, reduzindo vendas de 54,2% dos entrevistados.

Os dados recentes são menos negativos: metade da amostra percebe desaceleração da demanda em janeiro de 2009, mas 20% apresentam desempenho superior. “Os dados mostram que janeiro não foi tão ruim e que o impacto foi diferenciado entre os setores”, afirma a diretora de Desenvolvimento Econômico da Firjan, Luciana de Sá, destacando Gráfica, Alimentos e Bebidas e Vestuário e Calçados como setores que não foram afetados.

O aumento do percentual de empresas que concederam férias coletivas não foi explosivo: de cerca de 25% em 2008 para 35,4% em 2009. O principal motivo foi a sazonalidade dos pedidos, comum nesta época, seguido pela regularidade da concessão de férias. O cancelamento de pedidos (14,5%) e estoques elevados (8,1%) foram motivos menores.

Uma explicação para a manutenção do ritmo de produção é o nível de estoques, que não está alto: das empresas que trabalham com estoques, 73% apresentam estabilidade ou queda sobre 2008, e o mesmo se aplica aos estoques de matérias-primas.

Grande parte das empresas entrevistadas não buscam crédito, possivelmente considerando as dificuldades como elevado custo e redução da oferta. Das que tentam obter financiamento, 44% encontram problemas.

As expectativas para o 1º trimestre deste ano refletem incerteza e impactos diferenciados entre os setores. No dado de emprego, 68% das empresas pretendem manter ou aumentar o quadro de pessoal, enquanto 25,8% pretendem reduzir.

No comércio exterior, 37% das empresas que exportam já reduziram suas vendas externas por conta da crise, com perspectiva de aumento deste percentual. Mas 25% delas vislumbram oportunidades. Nas importações, o encarecimento do dólar e redução da demanda interna provocará reduções.

O crédito deve continuar um problema em 2009, afetando negativamente 38% das empresas com expectativas de buscar financiamentos. Mas as perspectivas para os investimentos não são de todo negativas, sobretudo no médio prazo. Apesar da desaceleração, cinco em cada 10 entrevistados permanecem otimistas quanto à evolução da economia brasileira em 2009. A alta carga tributária permanece como a principal preocupação dos empresários, seguida do custo do crédito. Queda de vendas e produção aflige pouco mais de 1/3 dos entrevistados.

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