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14/02/2009 - 13:07

Exportações de têxteis caem pela metade


Segmento de cama, mesa e banho, um dos líderes de exportações brasileiras, teve redução de 52% nas vendas externas.

O setor têxtil e de confecção brasileiro fechou o primeiro mês de 2009 com um déficit de US$ 168,7 milhões em sua balança comercial, excluindo fibra de algodão. O resultado deve-se ao valor de US$ 245 milhões em importações contra US$ 76,3 milhões em exportações. Se forem incluídas as fibras de algodão, o déficit cai para US$ 108,8 milhões. Apesar do câmbio favorável, os resultados de janeiro impressionaram até os empresários, chegando a cair mais de 50% em alguns setores. Considerado um dos “carros-chefe” das exportações brasileiras, o setor de cama, mesa e banho, sofreu retração de 52%; o de vestuário, queda de 45,8%.

“A explicação para essa queda brusca nas exportações vem da forte retração dos mercados. No entanto, nossa maior preocupação está nas medidas de protecionismo que outros países estão adotando em relação às importações de produtos estrangeiros. As empresas, junto ao governo, terão que tomar medidas para garantir a competitividade do produto nacional diante de um mercado mais disputado”, comentou Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ABIT.

Diniz Filho também associou a queda das exportações do setor à Argentina e aos Estados Unidos, que sempre foram os dois principais mercados do setor têxtil. “Com a crise econômica, deixamos de exportar US$ 25,8 milhões em produtos para o país norte-americano em janeiro, o equivalente a 56,4% a menos em relação ao mesmo mês do ano passado. Com a Argentina não foi muito diferente. O país adotou novas medidas protecionistas (licenças não automáticas) e acabamos diminuindo em 53,2% o envio de produtos ao país vizinho, o que representa US$ 20,3 milhões a menos no faturamento com esse país, quando comparamos janeiro de 2009 com 2008”, disse.

Exportações - Em janeiro, as exportações brasileiras de produtos têxteis e confeccionados apresentaram queda de 33,5% em termos de valor e 27,23% em volume, se comparado ao mesmo período do ano passado. Quando excluídas as fibras de algodão, o quadro se agrava ainda mais: as exportações tiveram queda de 45,57% em termos de valor e de 48,83% em volume. As principais quedas afetaram fibras têxteis (- 13,5%), fios (-15,15%), filamentos (- 68,34%), tecidos (- 52,25%), linhas de costura (- 63,28%) e confecções (- 45,22%).

Importações - No primeiro mês de 2009, quando comparadas ao mesmo período de 2008, as importações apresentaram queda de 22,6% em termos de valor e 35,14% em volume, quando incluídas as fibras de algodão. Desconsiderando este insumo, as importações apresentam queda de 22,14% em termos de valor e 34,37% em volume. Apesar de queda geral, alguns produtos importados tiveram crescimento, entre eles tecidos de algodão (+ 57,78%), tecidos de filamentos (+ 14,31%) e vestuário (+ 53,48%).

O aumento nas importações de vestuário em 53,4%, mesmo apesar da crise, é resultado dos contratos fechados há seis meses. Portanto, compras feitas antes da crise, com produtos embarcados em novembro e desembaraçado pela alfândega brasileira em janeiro. A ABIT acredita que esse crescimento deve sofrer redução nos próximos meses. | www.abit.org.br


Balança Comercial :

. | Janeiro 2008 | Janeiro 2009

Importação | US$ 316,9 mi | US$ 245,3 mi

Exportação | US$ 205,3 mi | US$ 136,5 mi

Balança | US$ -111,6 mi | US$ -108,8 mi


Balança Comercial (sem fibra de algodão)

. | Janeiro 2008 | Janeiro 2009

Importação | US$ 314,6 mi | US$ 245 mi

Exportação | US$ 140,2 mi | US$ 76,3 mi

Balança | US$ -174,4 mi | US$ -168,7 mi

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