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14/02/2009 - 13:17

Serviços bancários por celular para pessoas sem conta bancária e a crise financeira: CGAP vê potencial de crescimento nos mercados em desenvolvimento

Washington -O CGAP, centro global de microfinanças, está lançando uma nova pesquisa e dados para encorajar as operadoras de telecomunicações, as instituições financeiras e os governos a observarem o potencial comercial da expansão do acesso aos serviços financeiros a pessoas pobres nos mercados em desenvolvimento. O atual clima econômico torna ainda mais premente a necessidade de uma ampla disponibilização de alternativas seguras aos pagamentos à vista.

"Essa crise financeira não pode significar o fim da inovação. Precisamos lembrar que algumas das maiores inovações do século passado -- a calculadora de bolso, a televisão, a World Wide Web -- foram criadas durante épocas de dificuldades econômicas", afirmou Elizabeth Littlefield, CEO do CGAP.

O maior sucesso em serviços bancários por celular até hoje foi o M-PESA no Quênia, que é 45% mais barato do que os outros serviços de transferência. Uma pesquisa independente que deve ser publicada em breve concluiu que 83% dos usuários afirmam que não ter o M-PESA teria um "grande impacto negativo" em suas vidas.

Apesar de esses números serem encorajadores, o CGAP concluiu que globalmente, até hoje, a utilização de serviços bancários por celular ainda está por alcançar todo o seu potencial. Menos de dez por cento dos clientes de serviços bancários por telefone móvel são pobres, não utilizaram serviços bancários antes, e não fazem nada além de pagamentos e transferências.

"Os serviços bancários por celular podem ir além de simples contas de transações e oferecer uma plataforma flexível que atenda as necessidades das pessoas pobres e ao mesmo tempo forneça uma nova fonte de crescimento para as operadoras", declarou Littlefield.

"Todas as peças estão se encaixando para fazer com que os serviços bancários por celular se transformem em uma forma de as pessoas usufruírem dos serviços bancários em mercados emergentes."

Há outras potenciais oportunidades para os prestadores de serviços auxiliarem a tratar as necessidades dos pobres e ao mesmo tempo desenvolverem novos negócios. O CGAP estima que 150 milhões de pessoas pobres no mundo recebem pagamentos regulares da assistência social de seus governos. Menos ainda do que 25% dos beneficiários recebem seus benefícios em uma conta bancária através da qual eles poderiam poupar, fazer pagamentos e construir um patrimônio.

"Imagine se esses pagamentos pudessem ser realizados utilizando cartões com tarjas magnéticas ligados a uma conta corrente -- ou através de um telefone celular. Isso poderia significar que os beneficiários passariam a ter acesso a uma gama completa de serviços de valor, como poupança", afirmou Littlefield.

No Congresso Mundial de GSM, em Barcelona, o Programa de Tecnologia do CGAP apresentará suas últimas conclusões sobre captação de clientes e modelos comerciais que fazem com que os serviços bancários por telefones celulares funcionem para as pessoas pobres. | Site: http://technology.cgap.org .

Serviços bancários fora das agências - os números: Nas Filipinas, uma transação em agência bancária custa US$2,50, mas, se for feita por celular, o preço cai para somente US$0,50, e algumas comissões bancárias em serviços via celular não chegam nem ao nível do que os comerciantes ganham com outros produtos - por exemplo, pasta de dentes, margem de 10 a 12%; fazer uma transação bancária de resgate por celular: apenas 1%.

- No Paquistão, o custo de estabelecimento e operação de um agente é 76 vezes menor do que o custo de uma agência bancária.

O Brasil é provavelmente o mercado mais desenvolvido em que os serviços de correspondentes bancários se estabeleceram: Mais de 70 instituições administram hoje por volta de 105.000 agentes em um número aproximado de 6.000 municípios.

- O programa de tecnologia do CGAP recebe apoio da Fundação Bill e Melinda Gates.

O CGAP é um centro independente de política e pesquisa dedicado a proporcionar acesso a serviços financeiros aos pobres do mundo. Ele é apoiado por mais de 30 agências de desenvolvimento e fundações privadas que compartilham uma missão comum de diminuir a pobreza. Com sede no Banco Mundial, o CGAP fornece inteligência de mercado, promove padrões, desenvolve soluções inovadoras e oferece serviços de consultoria a governos, prestadores de serviços de microfinanças, doadores e investidores. | Site http://www.cgap.org .

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