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14/02/2009 - 13:24

Incertezas de Davos apontam para soluções 2.0

O Fórum Econômico Mundial 2009, realizado recentemente em Davos, apresentou um panorama de desordem, onde foi notória a ausência de banqueiros, economistas e personagens da Wall Street. Além disso, as previsões feitas no encontro trazem mais dúvidas do que certezas. Os CEO´s, evidentemente, mostraram a realidade com números concretos e, muitos deles, anteciparam que estariam revendo as projeções feitas há apenas 3 meses. Este cenário mostra que a imprevisibilidade da crise financeira em 2008 está gerando um efeito sustentado no momento de “configurar a realidade mundial depois da crise”, onde predominam as perguntas no momento de prever o futuro da economia global.

Entretanto, na esfera política surgiram pontos comuns quanto a necessidade de uma coordenação fiscal e monetária mundial, evitando políticas protecionistas e conflitos sem valor. O debate girou em torno da responsabilidade dos governos e o surgimento do Estado, tratando de estabelecer quais são os níveis de intervenção para implementar políticas para recuperar a confiança do povo, e assim, reativar o consumo e a atividade econômica. Foram manifestadas, ao mesmo tempo, muitas preocupações sobre uma possível criação de um Estado grande demais que prejudique a inovação e piore a competitividade das empresas a longo prazo.

As primeiras conclusões do Fórum retomam as lições aprendidas na primeira grande depressão dos anos 30 e clamam por uma ação efetiva aqui e agora, onde se tomem decisões em um cenário de cooperação entre as Nações. Qualquer alternativa é melhor do que a inércia e, neste sentido, a indústria da Internet somou dando sua contribuição com as lições aprendidas pós-bolha ao Fórum de Davos.

Como empresário argentino e fundador do Sonico, uma rede social na Internet, as variáveis como “risco” e “crise” fazem parte da minha genética. E isto implica em um forte treinamento para poder detectar grandes oportunidades em contextos incertos. Como membro de um grupo de líderes 2.0 em Davos, pude compartilhar minha experiência na sessão que discutiu o tema da Fusão das mídias. Sendo que para muitos dos participantes não foi difícil de interpretar: se as mídias tradicionais previam uma queda de 17% em suas receitas publicitárias, esta redução vai acelerar a transferência da publicidade para as redes sociais e outras plataformas da Internet. Esses “novos” meios, produto da convergência entre tecnologia e entretenimento, oferecem aos anunciantes um alcance mais direto aos seus públicos, com novas opções para otimizar os investimentos e o rendimento da sua verba. Essas reflexões vão ao encontro das duas variáveis que se interrelacionam com o Sonico desde sua origem: oportunidade e inovação.

Em uma rede social pode-se hipersegmentar campanhas. No Sonico conquistamos na América Latina, em pouco tempo, 32 milhões de usuários, sendo mais de 6 milhões no Brasil, consolidando uma grande rede com povos de língua portuguesa e espanhola. Outro pronto a destacar nas redes sociais é a possibilidade de realizar ações de publicidade não tradicionais na Internet, onde as marcas são “parte da conversa” com o usuário porque aportam elementos e conteúdos que são suficientemente interessantes, como fazer com que as pessoas os utilizem como próprios na hora de se comunicar com sua rede de contatos. Assim, as empresas chegam ao público de uma forma distinta e mais amigável a um custo muito baixo.

As redes sociais, como o Sonico, apresentam então um papel fundamental em um mundo que está amadurecendo seu conceito de globalidade, promovendo a participação através de uma Internet cada vez mais acessível, levando à expansão de novos mercados e ao crescimento econômico através da inovação e da tecnologia.

Assim, estou convencido que realmente há uma excelente oportunidade para que a publicidade online comece a ter níveis mais altos de participação, já que na América Latina estima-se que o investimento nas mídias digitais não chegam a 4% sobre o total dos meios de comunicação social, enquanto que nos mercados desenvolvidos já está superando os 20%.

. Por: Rodrigo Teijeiro, fundador e CEO do Sonico (www.sonico.com).

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