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14/02/2009 - 13:25

Bioinseticidas e irrigação de precisão fecham palestras da Embrapa no Show Rural

Regular a população de organismos vivos através de seus inimigos naturais. O controle biológico nada mais é do que controlar as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de insetos benéficos, como predadores e parasitóides, ou microorganismos como fungos, vírus e bactérias. O assunto foi tema de palestra durante o Show Rural Coopavel 2009, em Cascavel-PR.

Há anos a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), Rose Monnerat, estuda o desenvolvimento de biolarvicidas para o controle de mosquitos e lagartas, que apresentam como vantagens, segundo ela, a alta especificidade, a não contaminação, a inocuidade ao homem, animais domésticos e insetos benéficos, a capacidade de integração no manejo de pragas e a possibilidade de serem melhorados geneticamente.

Outro fator apontado pela bióloga é o fato de o mercado de biológicos movimentar, aproximadamente, US$ 380 milhões, com os Estados Unidos liderando o consumo total com 50% de representação e a América Latina com uma fatia de somente 8%. Para um universo onde o uso de biolarvicidas pode ser veterinário, agronômico e na saúde pública, o Brasil ainda tem muito espaço para explorar nesta área.

Na saúde pública, o uso de bioinseticidas é aplicado no combate à malária, dengue e febre amarela. Entre 2009 e 2010 serão lançadas duas tecnologias para este segmento. “A primeira é o ‘Fim da Picada’, em fase final de teste, que chega para entrar na luta contra os mosquitos borrachudos; e a segunda, uma pastilha a ser depositada na caixa d’água e, assim, destruir as larvas do Aedes aeypti, transmissor da dengue”, explica Monnerat.

Já na agricultura foi desenvolvido o ‘Ponto.Final’, um inseticida biológico capaz de controlar diversas lagartas que atacam as culturas agrícolas. Em breve, a Empresa disponibilizará o ‘Larvithek’, um bioinseticida capaz de combater o cascudinho, um besouro que causa dor de cabeça aos avicultores, além de ser um vetor de salmonela.

Irrigação – A agricultura de precisão, definida como um manejo espacialmente diferenciado (localizado) do sistema de produção agrícola visando sua otimização, é ainda mais eficiente quando o produtor adota a irrigação de precisão, que consiste em um manejo da irrigação atento ao uso racional de água e energia.

Para isso a Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP) desenvolveu a ‘Plataforma Tecnológica Irrigap’, um sistema de automação para irrigação de precisão com alto grau de nacionalização e viável do ponto de vista técnico e econômico, com componentes de fácil instalação, manutenção e operação, com relação custo/benefício satisfatória e capaz de promover o uso racional da água e energia, “gerando uma economia de 20 a 40%”, calcula o pesquisador da Embrapa André Torre Neto.

A plataforma está presente no Show Rural com um protótipo do sensor para irrigação de precisão instalado nos plots da Vitrine Tecnológica da Embrapa em Cascavel-PR.

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