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18/02/2009 - 08:44

Na contramão do segmento, Nardini descarta demissões

Contrariando a política adotada pelas empresas do setor de máquinas-ferramenta em virtude da crise mundial, Indústrias Nardini mantém quadro de funcionários para 2009.

A demissão de funcionários como corte de custos foi a medida que a maioria das empresas do segmento de máquinas-ferramenta no Brasil e no mundo encontraram para enfrentar a crise financeira global. Na contramão dessa tendência, a Indústrias Nardini, localizada em Americana-SP e uma das líderes do setor no mercado nacional, anunciou que não vai demitir funcionários e iniciará 2009 com o mesmo quadro de 2008. “Nossa política é de valorização e respeito aos funcionários, por isso descartamos demissões mesmo neste momento de crise. Em contrapartida temos o empenho dos funcionários em produzir mais com o menor custo possível”, afirma Renato Franchi, presidente da Indústrias Nardini.

Com cerca 1.100 funcionários, a empresa é a quarta maior geradora de empregos na cidade de Americana e possui uma carteira com pedidos até fevereiro de 2009. Segundo Franchi, a fábrica está operando a todo vapor para atender a essa demanda, reflexo do excelente ano que a Nardini teve em 2008. Em todo ano, foram produzidas duas mil máquinas, com pico em novembro – 220 máquinas e menor produção em fevereiro – 120. “Tivemos uma pequena queda no final do ano por causa da crise, mas o desenvolvimento do setor em 2008 foi muito favorável para Nardini, acima do normal, principalmente em virtude da alta demanda que tivemos de escolas técnicas”, conta o executivo.

Em 2008, houve aumento de 20% no total de máquinas produzidas em relação a 2007. Desse total, 20% atenderam a demanda de escolas técnicas. A produção de máquinas para instituições de ensino foi cerca de 50% maior em 2008 comparado com o ano anterior. Para o presidente da Nardini, a melhor forma de lidar com a crise que deve chegar em 2009 é otimizar a produção e conscientizar os funcionários sobre a necessidade de reduzir custos e evitar desperdícios. “Mas não adianta ficar pensando na crise e em como ela poderá nos afetar. Não podemos deixar de trabalhar por causa disso. Temos que ser menos negativos e trabalhar mais para que ela não bata a nossa porta”, conclui.

Nardini - Um dos maiores fabricantes do mercado nacional de máquinas-ferramenta, a Indústrias Nardini começou sua história em 1908, no município de Americana, interior de São Paulo, como uma pequena oficina, na qual eram produzidos utensílios agrícolas simples como tesouras, foices, ferraduras e facões. Mais tarde passou a fabricar implementos agrícolas movidos à tração animal, como arados, carpideiras e adubadeiras. Porém foi durante a II Guerra que a empresa descobriu sua real vocação e iniciou a produção de máquinas-ferramenta para atender a forte demanda do mercado interno na época.

Durante sua história, estreitamente ligada ao desenvolvimento industrial no Brasil, enfrentou alguns períodos de turbulência. Em meados da década de 90, uma crise fez com que a empresa fechasse as portas por seis meses. Mas a partir de 1997, uma nova gestão liderada por Renato Franchi (atual presidente) deu nova vida à Nardini, que hoje consolidou-se novamente como um dos maiores fabricantes de máquinas-ferramenta do país.

Dentre os principais produtos fabricados pela Nardini estão tornos universais e fresadoras de médio e grande portes, eletrônicos (CNC) e convencionais, além de máquinas injetoras de plástico de alta tecnologia por meio da Sandretto do Brasil Ltda., adquirida em 2007 pela Nardini. Hoje, a empresa emprega mais de mil funcionários e produz mensalmente 80 máquinas CNC, 160 convencionais e outras 30 injetoras.

Além de ser um exemplo por sua história centenária, a Nardini também é referência em questão de responsabilidade sócio-ambiental. Em 2006, investiu R$ 10 milhões na aquisição de fornos elétricos com baixo índice de poluição para a fundição. Já em 2007, doou todo o maquinário para a criação de uma unidade do Senai na cidade de Sumaré, no interior de São Paulo, incentivando a difusão tecnológica e formação de mão-de-obra especializada. Em junho de 2008 inaugurou em Americana (SP) uma creche que atende gratuitamente 50 crianças da comunidade local, na faixa etária de quatro meses a quatro anos, filhos de famílias de baixa renda.

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