Planejamento estratégico é fundamental para pequenas empresas

A Amcham-São Paulo (Câmara Americana de Comércio) promoveu no dia 17 de fevereiro (terça-feira), Seminário “Planejamento Estratégico para Pequenas Empresas” que contou com a presença de empresários de companhias brasileiras de pequeno e médio porte – cujo faturamento anual é de, no máximo, R$ 30 milhões.

Marcelo Nakagawa, professor de Empreendedorismo e Plano de Negócios da Fundação Vanzolini e da Fundação Instituto de Administração (FIA), abriu o seminário, explicando a importância do planejamento estratégico. Mencionou fatores determinantes para o sucesso, deu dicas de como tornar uma empresa resiliente e perene. “O dono precisa encarar a empresa como filha e não como filho. Tem que fazer plano de negócios, um plano de voo, expansão”, afirmou o professor que também chamou a atenção da platéia para a necessidade de transformar o negócio em uma plataforma de negócios.

Nakagawa comentou sobre o fator sorte, fundamental para o êxito empresarial. Citou pesquisa internacional que identificou o perfil dos que tem sorte: sorriem duas vezes mais, participam de mais eventos sociais, são abertas a novas experiências, gostam de surpresas e são otimistas.

Luis Vasco Elias, sócio da área de Corporate Finance da Deloitte Touche Tohmatsu, contextualizou as pequenas no cenário atual – crise americana, escassez de crédito, alta do dólar e enfraquecimento da demanda -, ressaltando a importância de a empresa se reinventar o tempo todo, principalmente, em momentos de turbulência. A importância do planejamento estratégico também foi destacada por Vasco: “A empresa está sujeita aos ventos. Não existem ventos favoráveis para uma nau sem rumo”.

Ambiente competitivo, relacionamento com os fornecedores, regulamentação mais restritiva por parte dos bancos – que não se satisfazem apenas em analisar balanços, mas passaram a observar o plano de negócios, as deficiências das companhias – foram aspectos destacados pelo sócio da Deloitte. Ele alertou ainda para a necessidade de um processo de reorganização (governança, finanças), alegando que o mercado não perdoa, é extremamente competitivo e exige uma postura pró-ativa de todos os envolvidos nas corporações.

E para falar da fase de crescimento das empresas, o escolhido foi Chu Kong, sócio do ACTIS, fundo britânico de private equity com atuação em mercados emergentes. Segundo ele, atratividade do setor, necessidade de organização por meio de boas práticas de governança e de gestão são aspectos necessários para atrair investimentos. Denis Pedreira, diretor do ACTIS, explicou como maximizar o valor do negócio do ponto de vista do investidor e obter crescimento e valor, além de diferenciais competitivos.

Para a segunda parte do seminário, participaram empresários com cases de segmentos variados. Veja as principais declarações dos participantes:

“É necessário que o empresário olhe, reaja e mude sempre, em todos os setores da empresa” - Darryl Kirsh, proprietário do Buffet Holofote (infantil) e do Kick Bola Urbana;

“Nunca abri mão de determinados conceitos. Não negocio preço com os clientes porque respeito o valor atribuido a nossos serviços” - Luiz Walter Moreira, diretor geral da CM Soluções, fornecedora de Sistema Integrado para o setor hoteleiro;

“Apesar da crise, investir em pessoas vale a pena. Tudo passa e as pessoas ficam” - Mituru Mori, presidente da Embalagens Jaguaré, fabricante de embalagens de papel ondulado;

“Nunca tenha receio de inovar e falar “não” para o cliente” - Fernando Pecoraro, presidente da Ecosorb, consultoria ambiental atendimento a emergências e de gestão de SMS (Saúde, Segurança e Meio Ambiente);

“Para um percurso bem sucedido é preciso ter boas estratégias, bons conselheiros e saúde financeira boa”; “Nada de grandioso é feito sem paixão” – Mauricio Pastorello, diretor geral da Exata Logística, prestadora de serviços de transporte e logística. | ais informações no link http://www.amcham.com.br/update/2009/update2009-02-17a_dtml

Perfil da Amcham - A Amcham (Câmara Americana de Comércio) é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, com 5.400 sócios entre pequenas, médias e grandes empresas que atuam em todas as áreas da economia, empregando 1,6 milhão de pessoas. Do total das companhias sócias, 80% são brasileiras, 13% americanas e 7% de outras nacionalidades.

Com sede em São Paulo, a Associação está presente em Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto e Uberlândia. Fundada em 1919, a Amcham Brasil é a segunda maior câmara americana de comércio do mundo, a maior fora dos Estados Unidos. Sua missão é servir os associados, influenciar políticas públicas entre os dois países, promover o comércio, o investimento e a cidadania empresarial.