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20/02/2009 - 09:02

Vale registra lucro de R$ 21 bilhões em 2008 e mantém investimentos de US$ 14 bilhões para 2009


A Companhia Siderúrgica do Atlântico em Itaguaí (RJ) continua sendo um dos grandes projetos da Vale, mas estão determinados a reduzir custos dos projetos, a ordem é baixar preços junto a fornecedores, de serviços ou equipamentos.

A Vale registrou lucro líquido de R$ 21,279 bilhões no ano passado, contra R$ 20,006 bilhões apurados 2007. O lucro por ação foi de R$ 4,08. De acordo com números divulgados no dia 19 de fevereiro (quinta-feira). O lucro líquido obtido no quarto trimestre de 2008 somou R$ 10,449 bilhões, com aumento de 136,9% sobre os R$ 4,411 bilhões registrados em igual período de 2007.

Segundo a Vale, 2008 foi o sexto ano consecutivo de crescimento sustentado da empresa, traduzido por recordes na produção de nove produtos, entre os quais minério de ferro, níquel e cobre. A receita bruta da mineradora somou R$ 72,766 bilhões, superior em 9,6% ao valor registrado em 2007.

A Vale registrou oito recordes anuais de produção - níquel, bauxita, alumina, cobre, carvão, cobalto, metais do grupo da platina e metais preciosos, enquanto nove produtos registraram as maiores vendas na história da Vale: minério de ferro (253,6 milhões de toneladas métricas), pelotas (41,6 milhões de toneladas métricas), níquel (276.000 toneladas métricas), cobre (320.000 toneladas métricas), alumina (4,2 milhões de toneladas métricas), cobalto (3.100 toneladas métricas), metais preciosos (2,4 milhões de onças troy), metais do grupo da platina (410.000 onças troy) e carvão (4,1 milhões de toneladas métricas). A excelente performance financeira se refletiu na obtenção de recordes de receita, lucro operacional, lucro líquido, geração de caixa, distribuição de dividendos e investimentos, suportados por um balanço sólido.

Os investimentos, excluindo aquisições, alcançaram US$ 10,2 bilhões no ano passado. O montante ficou 34,2% acima de 2007. No Brasil, foram absorvidos 66,2% desse total investido pela empresa, totalizando US$ 6,7 bilhões aplicados no país.

“A Vale reagiu de maneira bastante pró-ativa, adaptando suas operações à deterioração do ambiente econômico. Cortes de produção envolvendo a paralização temporária das unidades operacionais de custo mais alto e a implantação de novas prioridades estratégicas são os principais componentes da nossa rápida resposta à recessão global. A minimização de custos, a flexibilidade financeira e operacional e a conciliação da preservação do caixa com a busca por opções de crescimento rentáveis, assumiram importância fundamental no atual cenário”, sustenta.

Na opinião da mineradora os destaques de desempenho de 2008 estão: • Receita bruta de R$ 72,766 bilhões, a mais elevada da história da Vale e 9,6% acima do valor registrado em 2007. • Exportações da Vale oriundas do Brasil foram de US$ 17,606 bilhões. • Exportações líquidas (exportações menos importações) de US$ 16,203 bilhões, 40,5% acima do verificado em 2007 e 84,5% acima do verificado em 2006. As exportações líquidas da Vale responderam por 65,2% do superávit da balança comercial brasileira em 2008. • Lucro operacional, medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos), de R$ 29,847 bilhões, em linha com o lucro operacional obtido em 2007, de R$ 29,315 bilhões. • Margem EBIT de 42,3%, contra 45,3% em 2007. • Geração de caixa recorde, medida pelo EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização), de R$ 35,022 bilhões, 4,2% acima do registrado em 2007. • Lucro líquido de R$ 21,279 bilhões, correspondendo a lucro por ação de R$ 4,08. • Remuneração ao acionista recorde de R$ 5,558 bilhões, com crescimento de[ 55,5% em relação ao montante pago em 2007. • Investimentos1, excluindo aquisições, de US$ 10,2 bilhões em 2008, 34,2% acima de 2007. • Em 2008, o Brasil absorveu a maior parte dos investimentos da Vale, US$ 6,7 bilhões, representando 66,2% do total investido. • Os investimentos da Vale no Brasil aumentaram em 29,1% relativamente a 2007. • Investimentos em responsabilidade social corporativa de US$ 909 milhões, sendo US$ 678 milhões em proteção e conservação do meio ambiente e US$ 231 milhões em projetos sociais. • Sólida posição financeira, apoiada por expressivo caixa de US$ 12,6 bilhões, linhas de créditos compromissadas de médio e longo prazo e endividamento de baixo risco.

Socioambiental: a Vale destaca também os investimentos socioambientais que somaram US$ 910,3 milhões em 2008, um crescimento de 32,6% em relação aos US$ 686, 2 milhões investidos em 2007. Em ações sociais a empresa investiu US$ 231,1 milhões e em ações ambientais foram investidos US$ 678,5 milhões no ano de 2008.

Perspectivas dos negócios da Vale: a Vale faz uma análise dos indicadores econômicos do último trimestre de 2008, que segundo ela mostraram significativa queda da produção industrial em todas as regiões do mundo, em economias desenvolvidas e emergentes. “Isso evidencia o fato de que como produtoras de matérias primas para as atividades de transformação industrial e de construção civil, as mineradoras estão enfrentando desafios significativos”, vê.

Em entrevista o diretor executivo de Finanças da empresa, Fábio Barbosa 70% dos investimentos são destinados ao Brasil, e para 2009 vão priorizar os mercados de carvão térmico e metalúrgico, o setor de fertilizantes e na área de mineração, com destaque para a exploração de minério de ferro, cobre, alumínio e níquel.

Na área de carvão, considerada estratégica pela empresa, o diretor recordou que a Vale desenvolve no momento o projeto de Moatize, em Moçambique, na África, onde está, “na prática, transformando o ambiente econômico e social daquela região”. “A Vale pagou US$ 122,8 milhões, em junho de 2007, para obter a concessão do carvão de Moatize, uma das maiores reservas mundiais de carvão”, infomou.

“ Já o setor de fertilizantes é especialmente importante para a companhia, porque a América do Sul e o Brasil são mercados de grande potencial de crescimento na área agrícola. “E isso requer uma cota de fertilizantes para viabilizar essa expansão”, disse Barbosa.

“A Vale, hoje, supre apenas 10% do consumo brasileiro de fertilizantes, mas, segundo ele, pode chegar entre 70% a 80%, com a implementação do programa de investimento nessa área” continuou.

No ano passado, os investimentos da Vale somaram US$ 10,2 bilhões, mostrando incremento de 34% em relação a 2007, quando foram investidos US$ 7,6 bilhões. “Estamos falando de um ritmo de aproximadamente US$ 850 milhões por mês realizados ao longo de 2008, visando ao crescimento e à otimização das operações da empresa”, afirmou. Do total aplicado em 2008, 66,2% dos investimentos foram efetuados no Brasil, com expansão de 29% sobre o ano anterior.

Recordes de minério para a China - “ Os embarques de minério de ferro da mineradora Vale para a China estão atingindo níveis recordes no início deste ano. E a expectativa, em razão das contratações já efetuadas, é que, no primeiro trimestre, a China deve absorver 30 milhões de toneladas do total de 50 milhões de toneladas que deverão ser comercializadas pela empresa no período”, comemorou o diretor.

Fábio Barbosa, afirmou que o recorde de embarque do minério de ferro para a China é muito importante para a companhia mas entretanto, não se pode dizer que o problema de demanda global do mercado está resolvido, porque existem diferenças de taxas de crescimento em diversas regiões. E grande parte do mercado global está parado.

Ainda há muita incerteza em relação ao desempenho da economia norte-americana e sobre a eficácia do pacote de medidas de ajuste lançado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama”, frisou.

O cenário continua extremamente desafiador , mas não temos nenhuma expectativa de demissão, pelo contrário, assinamos acordo com os sindicatos do setor para manter os empregos, “a única empresa brasileira que tomou esta iniciativa”, lembrou.

Mas a mineradora está confiante que pode superar o ambiente de desafio que tem pela frente, em função “da qualidade dos ativos da empresa e da força do seu balanço financeiro”, determinou.

“Cenário do mercado: “ Por quase um ano e meio o sistema financeiro global tem estado sob forte tensão, a qual se acentuou drasticamente desde setembro de 2008. Como consequência do término abrupto do boom de crédito, o risco sistêmico se elevou, houve considerável perda de riqueza e as restrições de crédito precipitaram forte desaceleração da atividade econômica mundial.

Os bancos centrais vêm adotando políticas monetárias expansionistas com o propósito de amenizar os impactos recessivos da crise financeira. Em particular, o Federal Reserve Bank (Fed), dos EUA, vem respondendo de forma agressiva desde o início da crise, reduzindo a meta para as taxas de juros de curto prazo de 5,25% em setembro de 2007 para o intervalo de 0-0,25% em dezembro de 2008. No seu papel de financiador de última instância, o Fed criou uma série de instrumentos para prover, no curto prazo, ampla liquidez para as instituições financeiras, o que levou à redução do risco sistêmico ao garantir aos participantes do mercado que elas serão capazes de atender às demandas por saques de recursos no caso de uma eventual crise de confiança. De forma a conter o declínio da oferta de crédito em importantes segmentos do mercado financeiro, como commercial papers e assetbacked securities, o Fed vem atuando como provedor de liquidez para tomadores de empréstimos e investidores desses mercados. O Fed anunciou, ainda, planos de compra de títulos de longo prazo com o propósito de melhorar as condições dos mercados privados de crédito.

Durante crises financeiras, o uso da política monetária – através de instrumentos convencionais e não convencionais – para lidar com os efeitos recessivos é de suma importância, uma vez que a expansão monetária reduz a probabilidade de que a turbulência financeira intensifique os danos à economia real. No entanto, a utilização da política monetária isoladamente não consegue evitar o efeito contracionista derivado de uma crise financeira da magnitude da que estamos vivenciando.

Políticas fiscais são capazes de promover razoável melhora da atividade econômica no curto prazo. Todavia, elas não têm o poder de produzir recuperação duradoura a não ser que sejam acompanhadas por medidas para estabilizar e fortalecer o sistema financeiro.

A economia global se recuperará, porém a duração e o vigor dessa recuperação são ainda bastante incertos. As políticas governamentais serão determinantes da velocidade dessa recuperação. Desde que sejam capazes de combinar a restauração da normalidade do funcionamento dos mercados financeiros com a preservação de incentivos aos agentes do setor privado, as intervenções governamentais terão o poder de encurtar o período de recessão e de criar bases sólidas para uma recuperação sustentável.

Em 10 de fevereiro, o governo dos Estados Unidos divulgou um plano de estabilização financeira. Esse plano tem potencial para restaurar a normalidade dos mercados financeiros, mas ainda precisa ser mais detalhado e entendido pelos mercados.

Em meio a um ambiente de incertezas, estamos observando alguns sinais iniciais de melhora, apesar de ainda não haver evidência suficiente que nos permita identificar reversão de tendência.

No mercado de renda fixa, os spreads estão registrando leve queda. Nos Estados Unidos, companhias levantaram os maiores níveis de fundos através de emissão de títulos desde maio de 2008.

O global manufacturing PMI cresceu 1,2 pontos em janeiro de 2009, o primeiro ganho em 12 meses. A alta foi induzida pelo aumento de encomendas e impulsionada, em grande parte, pelos Estados Unidos, China e Índia. Como os PMIs são indicadores antecedentes da atividade econômica, a estabilização do PMI global implicaria na estabilização da atividade industrial global. O caminho para melhoria significativa na produção industrial passa, entretanto, pela continuidade do crescimento das encomendas.

A China, mercado mais importante do mundo para minérios e metais, provavelmente registrou crescimento marginal zero no último trimestre de 2008, quando as empresas responderam à queda da demanda com fortes cortes de produção.

O anúncio de um considerável programa de gastos públicos na China, de RMB 4 trilhões, concentrado na área de infraestrutura, e uma forte recuperação do ritmo de expansão dos empréstimos bancários estão estimulando o nível da capacidade utilizada da indústria a se elevar novamente. Existem sinais de que o ciclo de consumo de estoques de aço está praticamente concluído e seus preços estão se recuperando. Os estoques de minério de ferro, por sua vez, também estão diminuindo e seus preços no mercado spot, aumentando.

Apesar da elevação dos preços dos fretes marítimos, o que por sinal é outro indicador de recuperação da atividade econômica, nossos produtos de minério de ferro entregues na China se mantém competitivos.

Por outro lado, o enfraquecimento cíclico do mercado chinês de imóveis ainda restringe uma recuperação mais significativa da demanda por aço. Ainda assim, é possível que o crescimento dos empréstimos bancários e os vários incentivos dados pelos governos central e regionais possam gerar uma mudança cíclica no mercado de construção, fortalecendo ainda mais a demanda por aço e minério de ferro.

Em recessões globais passadas, a continuidade do crescimento da economia chinesa foi viabilizada pela implementação de políticas contra cíclicas, pela pequena contribuição da demanda externa à demanda agregada e a sua posição de financiadora líquida do resto do mundo.

Nos últimos dez anos, a produção de aço chinesa cresceu 4,4 vezes, passando de 114,6 milhões de toneladas métricas (Mt) para 502,0 Mt, enquanto as importações de minério de ferro aumentavam em 8,6 vezes, de 51,8 Mt em 1998 para 444,0 Mt em 2008, realçando a crescente dependência da China às importações, apesar dos esforços para acelerar a produção doméstica de minério de ferro. A manutenção dessa tendência é mais clara se observarmos que em 2008 a produção de aço chinesa cresceu somente 2,6% enquanto as importações de minério de ferro se expandiram em 16,0%.

Como consequência, mesmo em um cenário de crescimento mais moderado, a demanda chinesa continuará a pressionar a oferta de minério de ferro no mercado transoceânico.

A Vale tem sido e continuará a ser uma importante fornecedora de minério de ferro para o mercado chinês, devido à sua capacidade única como supridora confiável e em larga escala de produtos de alta qualidade.

No caso dos metais base, a retração da demanda global produziu uma forte queda de seus preços. Uma das características comuns do comportamento dos preços dos metais é o fenômeno de volatility clustering. Quando a volatilidade está alta, é provável que permaneça elevada por certo período de tempo; da mesma forma, quando ela está baixa, é provável que se mantenha reduzida também durante algum tempo.

No segundo semestre de 2008, os preços do níquel, alumínio e cobre registraram elevada volatilidade negativa causada pelo contínuo anúncio de más notícias sobre os mercados financeiros e suas implicações negativas para a atividade econômica global. Desde dezembro de 2008, os preços dos metais base vêm exibindo baixa volatilidade, provavelmente indicando que os preços já anteciparam as perspectivas negativas para a economia.

Sendo assim, esperamos que a tendência de curto prazo seja determinada pela chegada de novas informações sobre o ambiente macroeconômico global, em particular, a respeito da evolução da economia chinesa.

No caso do níquel, desde que os preços atingiram um nível mínimo em outubro de 2008, estes têm variado no intervalo entre US$ 10.000 e US$ 11.000 por tonelada métrica. A queda da demanda global e a elevação dos estoques mantêm os preços sobre pressão, restringindo, no curto prazo, o potencial impacto sobre os movimentos da oferta.

A produção de aço inoxidável permanece fraca nos Estados Unidos, Europa e Japão, enquanto alguns sinais de recuperação são observados na China. As fontes de consumo de níquel não relacionadas ao aço inoxidável, representando 35-40% do consumo global – plating, ligas de aço, high-nickel alloys e outros – também estão registrando fragilidade.

A oferta continua sendo restringida face a pressões na lucratividade das empresas exercida pelos atuais níveis de preços, e a maioria dos produtores chineses de níquel pig iron acabou por interromper suas operações.

Como consequência de dois anos consecutivos de corte na produção de aço noxidável, não há quase nenhum estoque do produto. Adicionalmente, preços relativos bem mais baixos de aço inox série 300, assim como os preços baixos de níquel e cromo, tenderão a apoiar uma forte alta do preço do níquel assim que houver claros sinais de recuperação da economia.

A Vale está preparada para superar o ciclo de baixa tendo em vista seus ativos de alta qualidade e baixo custo e sua solidez financeira. A minimização de custos, a manutenção da flexibilidade e a conciliação da geração de caixa com a busca por opções de crescimento rentáveis, assumiram grande importância para enfrentar o atual cenário recessivo.

Durante o ciclo expansionista, a maximização da produção foi fundamental para a maximização de valor, e conseguimos expandir nossa produção agregada à uma taxa média anual de 11,2% desde 2003. No cenário atual, a prioridade se alterou para a minimização de custos como uma importante ferramenta para a criação de valor e estamos perseguindo esse objetivo através de inúmeras iniciativas para reduzir custos operacionais e de investimentos.

Dado o atual alto grau de incertezas, impedindo a obtenção de uma visão clara das tendências do mercado para um futuro próximo, a flexibilidade na administração da produção e na execução de investimentos em ativos fixos também é uma prioridade.

Mantivemos, para 2009, o mesmo valor da remuneração mínima ao acionista anunciada em 20085, um ano de geração de caixa recorde, num claro esforço de satisfazer as aspirações de curto prazo de nossos acionistas, especialmente frente a um cenário mundial de reduzida liquidez.

Em relação aos investimentos, estamos executando projetos de crescimento orgânico que tiveram seu desenvolvimento iniciado nos últimos anos e que são prioridades estratégicas. Ao mesmo tempo, estamos aproveitando nossa vasta disponibilidade de caixa para explorar oportunidades de aquisições formando novas bases de criação de valor em minério de ferro, carvão, cobre e potássio, tal como as transações anunciadas nos últimos meses.

Permanecemos altamente comprometidos com a manutenção da flexibilidade financeira para continuar a buscar o crescimento de longo prazo e a criação de valor para nossos acionistas. Nossa meta é nos manter na liderança da criação de valor ao acionista, com nossos ativos de classe mundial gerando retornos bem acima da indústria.

É importante compreender que, apesar da intensidade da recessão, trata-se de um fenômeno cíclico. A recuperação se seguirá ao ciclo de contração da atividade econômica, e os fundamentos de longo prazo do mercado de minérios e metais permanecem promissores.

Apesar de sua severidade, a contração cíclica da economia mundial dificilmente provocará ruptura do processo de crescimento de longo prazo das economias emergentes e de suas mudanças estruturais, causa principal da acelerada expansão da demanda por minérios e metais dos últimos anos.

Do lado da oferta, as condições financeiras, que até recentemente facilitaram o desenvolvimento de projetos de mineração, provavelmente se tornarão uma restrição à expansão da capacidade produtiva, em adição a fatores de natureza geológica e institucional.

A atual crise possui natureza transformacional, como consequência da provável reforma do sistema financeiro global, determinada pela consolidação, maior rigidez regulatória, surgimento de novas instituições com novos papéis e menor tolerância a riscos. Espera-se que esses movimentos estruturais causem mudanças permanentes em outros negócios, como a indústria de mineração.

Dividendo mínimo anunciado em janeiro de 2008 foi de US$ 2,5 bilhões. No curto prazo, a combinação de expectativas pessimistas com a forte escassez de crédito está provocando o adiamento e o cancelamento de projetos. Espera-se que o recente boom de exploração mineral global liderado por junior mining companies se encerre de maneira semelhante ao ocorrido na fase posterior à crise financeira asiática.

Nossa expectativa é que, mesmo após a normalização das atividades dos mercados financeiros, a liquidez se torne mais escassa do que vem sendo nos últimos anos, fazendo com que o custo do capital se torne mais elevado e o acesso ao capital mais limitado.

Nesse provável cenário, a disponibilidade de operações em larga escala, ativos de alta qualidade, custos baixos, oportunidades de crescimento orgânico, eficiência e solidez financeira serão ainda mais importantes para determinar o sucesso de companhias de mineração.

A Vale está melhor posicionada para prosperar nesse cenário e se beneficiar da exposição a futuros ciclos expansionistas devido à sua solidez, ativos de classe mundial, custos altamente competitivos e abundância de opções de crescimento orgânico derivadas de seu vasto portfólio de projetos e de seu programa de exploração mineral em escala global”, conclui.

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