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20/02/2009 - 09:09

Advogada reforça sobre a importância das empresas investirem em responsabilidade social (RSE) e ambiental

Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar a performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes

Santos, – É certo de que as empresas são as grandes fontes de geração de emprego e avanços tecnológicos, impulsionando a economia de todo um país. Em meio a tantas inovações, benchmarks e marketing de superfície, é perceptível a expansão do comprometimento social e ambiental entre as corporações nacionais.

Janaina Muller, diretora da Setor 3 consultoria, empresa que atua há dez anos com Ongs e demais entidades ligadas ao terceiro setor, e desenvolve junto a empresas projetos socialmente responsável. Afirma que empresa responsável socialmente e ambientalmente é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes, principalmente da comunidade. “A RSE e ambiental nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final da empresa, mas ao conceito de que pertence ao interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores, e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos”, explica.

A especialista reforça que os grandes diferenciais das empresas socialmente e ambientalmente responsáveis são as posturas éticas e o respeito com a comunidade. “O reconhecimento destes fatores pelos consumidores, e o apoio de seus colaboradores faz com que se criem vantagens competitivas e, conseqüentemente, atinja níveis de sucesso expressivo. Prova disso é que a sociedade atual está reconhecendo a RSE como valor permanente. Estudos recentes apontam que, atualmente, mais de 70% dos consumidores preferem marcas e produtos envolvidos em algum tipo de ação social”, defende Janaina.

Mesmo com tantas vantagens, a advogada recorda que os indicadores nesse segmento ainda são baixos, mas em comparação há três anos, é possível observar um vertiginoso aumento das certificações ISO 14001. “O caminho para a sustentabilidade não é fácil. Trata-se de um ideal que concilia o desenvolvimento econômico com a conservação do meio ambiente, sem esquecer-se do bem estar social. O Índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI) foi criado em 1999 e, neste ano, 81 empresas mundiais do setor de petróleo e gás e 20 brasileiras tentaram seu ingresso. A Petrobrás conquistou o direito de compor o Índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI), a mais importante nomenclatura do setor”.

O levantamento da Market Analysis de 2007 aponta as dez melhores corporações em Responsabilidade Social atuantes no Brasil. Entre as melhores avaliadas estão Petrobras, Nestlé, Coca-Cola, Rede Globo, Unilever, Natura, Vale do Rio Doce, AmBev, Bom Preço e Azaléia.

A advogada aponta que um dos erros mais comuns em relação a responsabilidade social é o convencimento equivocado, de quem está a frente dessas empresas, de que a criação de uma Ong ou o apoio a um projeto social, sem o envolvimento efetivo dos colaboradores e funcionários daquela empresa nesse processo, pode-se ser considerado de fato um chamado de RSE. “A responsabilidade é também a preocupação de se agregar valores socialmente responsáveis dentro da própria empresa, o que é muito mais do que patrocínio de projetos, uma nova postura na busca do lucro social”.

A responsabilidade empresarial, frente ao meio ambiente, é centrada na análise de como as empresas interagem com o meio em que habitam e praticam suas atividades. “Dessa forma, uma empresa que possua um modelo de Gestão Ambiental já está correlacionada à responsabilidade social. Tais eventos irão, de certa forma, interagir com as tomadas de decisões da empresa, tendo total importância na estratégia empresarial. Assim, a Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social são atualmente condicionadas pela pressão de regulamentações e pela busca de melhor reputação perante a sociedade”, reforça a diretora.

Por isso o trabalho da Setor3 é diferenciado e pioneiro na Baixada Santista. “O nosso planejamento consiste na elaboração a partir de um diagnóstico inicial preciso do estágio em que a empresa se encontra em relação a outras do mesmo ramo, avaliando as distâncias em relação a outras empresas consideradas como benchmarking e estabelecendo um plano de gestão e ação, oferecendo ainda a orientação necessária para inserir a sustentabilidade na estratégia dos negócios da empresa, de modo a considerar, além dos resultados econômico-financeiros, uma forma de gerar também resultados ambientais e sociais relevantes”, explica a diretora.

A empresa é sócio-ambientalmente responsável quando vai além da obrigação de respeitar as leis, pagar impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores. “Isso acontece por acreditar que assim será uma empresa melhor e estará contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, agregando valor à imagem”, finaliza Janaina.

Perfil do Setor Três - Consultoria e assessoria especializada no Terceiro Setor, a Setor Três presta serviços a diversas ONGS espalhadas pelo País. Alem de atuar junto a esse segmento, a Setor três desenvolve projetos de “responsabilidade social e ambiental empresarial e planos de investimento social privado junto as empresas”. Antes de entrar para a faculdade de Direito, Janaina Muller já trabalhava como voluntária em ONGs, sem compromisso efetivo. Essa experiência serviu de base para que a advogada desenvolvesse uma visão mais critica sob o ponto de vista dos problemas enfrentados pelos administradores das entidades, como a falta de recursos e de pessoal qualificado para lidar com o público alvo e de como disseminar o ideal das ONGs.

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