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26/02/2009 - 07:11

Livros de novas autoras latino-americanas são opções para presentear no Dia Internacional da Mulher

Com um catálogo repleto de obras assinadas por mulheres que são consideradas os novos talentos da literatura latino-americana, a Primavera Editorial propõe que o Dia Internacional da Mulher seja comemorado com um presente especial – livros que plasmam o singular universo feminino. Entre as obras sugeridas: La Llorona (Marcela Serrano), 31 Profissão Solteira (Claudia Aldana) e Solstício de Verão (Edna Bugni). De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, 55% dos leitores brasileiros são mulheres. Elas leem mais do que os homens – 5,3 livros por ano contra 4,7 –, exceto livros dos gêneros história, política e ciências sociais.

São Paulo– As mulheres leem mais no Brasil e têm influenciado o panorama da literatura latino-americana com obras singulares. Dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, indicam que 55% dos leitores brasileiros são mulheres – eles consomem, em média, 5,3 livros por ano contra os 4,7 livros anuais lidos pelos homens. Diante desse cenário, a Primavera Editorial sugere que o Dia Internacional da Mulher seja celebrado com um presente especial: livros que plasmam o universo feminino. Com um catálogo repleto de obras assinadas por mulheres que são consideradas os novos talentos da literatura da América Latina, a Primavera Editorial destaca os romances La Llorona (Marcela Serrano, Chile), 31 Profissão Solteira (Claudia Aldana, Chile) e Solstício de Verão (Edna Bugni, Brasil).

Dirigida pela executiva Lourdes Magalhães, a Primavera Editorial conta com um livro para cada tipo de leitora, ou seja, tem no catálogo escritoras de diferentes gerações e estilos. “Privilegiamos uma literatura moderna e de qualidade ímpar, que evoca hábitos e costumes de diferentes povos e épocas; uma literatura instigante e criativa, que se transforma em uma maneira lúdica e pouco convencional de entender melhor a influência das culturas na formação dos povos. Acredito que também seja a marca de uma gestão diferenciada, uma forma feminina de fazer negócio”, afirma Lourdes, acrescentando que a estratégia adotada pela Primavera Editorial prevê uma postura mais arrojada. “Não aguardamos as grandes feiras do mercado internacional, como a de Frankfurt, para adquirir os direitos das obras, tampouco aguardamos o livro se tornar um sucesso editorial no país de origem. Na prática, contamos com uma rede internacional e informal de leitores com uma visão contemporânea. São formadores opinião de faixas etárias distintas, gente que antecipa tendências comportamentais, inclusive de leitura”, detalha a executiva.

Lourdes Magalhães destaca a importância da mulher na construção de uma sociedade mais harmônica, que valoriza a integração das visões masculina e feminina. “Acredito que a sinergia entre homens e mulheres enriquece a sociedade como um todo; a diversidade nos salva da unilateralidade”, afirma a presidente da Primavera Editorial.

Entre as sugestões de livros para o Dia da Mulher, destacam-se: La Llorona, Marcela Serrano (Chile) - Um dos grandes expoentes da moderna literatura latino-americana, a escritora chilena é reconhecida pela maestria em plasmar o universo feminino. Ao contrário do que o título possa sugerir, o livro La Llorona (A Chorona) não trata de uma mulher cujo pranto é permanente. É, antes, a saga de uma mulher humilde em busca da filha que desapareceu do hospital poucos dias após o nascimento. Unida a mulheres que vivenciam o mesmo drama, a protagonista – cujo pranto é invisível – busca respostas e reformula sua vida de maneira surpreendente. Um fato interessante cerca o processo de criação de La Llorona, que exigiu de Marcela Serrano uma obstinação similar à da protagonista. O livro, praticamente pronto, foi roubado da casa da escritora – ladrões levaram o notebook. Sem cópia da obra e após prantear a perda do “filho”, Marcela Serrano reconstruiu inteiramente a história.

O ponto de partida de Marcela Serrano é mostrar um paralelo entre o drama de uma mãe, que vive entre a loucura e a obstinação, e a lenda mexicana La Llorona. Muito popular em países da América do Sul e nas comunidades hispânicas, a lenda fala sobre uma mulher misteriosa como a deusa Cihuacóati, que é vista sempre a gritar: “Oh, meus filhos! Onde os levarei para não perdê-los?”. Lançando mão de ambigüidades narrativas, a autora constrói personagens densos que se referem a arquétipos femininos da América Latina. Na trama, a filha recém-nascida é dada como morta pelo hospital, mas a mãe – que não viu o corpo da filha – sustenta a hipótese de que a criança tenha sido roubada. O destino a converte em assassina ou salvadora?

Considerada um dos novos talentos da literatura latino-americana, a chilena Marcela Serrano recebeu o prêmio Sor Juana Inés de la Cruz, em 1991, com o romance de estréia Nosotros que nos queremos tanto. Em 1993, a autora lançou Para que no me olvides – ganhador do Municipal de Novela, o mais importante reconhecimento literário do Chile – Antigua vida mia (1995); El albergue de las mujeres tristes (1997), Nuestra Señora de la Soledad (1999) e Un mundo raro (2000). As obras de Marcela Serrano, que atualmente vive no México, foram traduzidas em várias línguas e adaptadas para o cinema. Marcela Serrano nasceu em Santiago do Chile, em 1951.

31 Profissão Solteira, Claudia Aldana (Chile) - Considerada a Carrie Bradshaw do Chile – personagem do cultuado seriado norte-americano Sex and the City – a jornalista Claudia Aldana assina esse sucesso editorial de vendas no mercado chileno. O livro 31 Profissão Solteira é uma coletânea dos principais artigos publicados na coluna semanal de Claudia Aldana, que com humor e inteligência relata as situações embaraçosas dos muitos encontros e desencontros da anti-heroína Consuelo Aldunate – mulher moderna, culta, com vida social intensa, um trabalho interessante, apartamento confortável e guarda-roupa dos sonhos; uma mulher que não mede esforços para encontrar o par ideal. No livro, Consuelo também empreende sua busca no Brasil, mais exatamente em Angra dos Reis (RJ).

Em 31 Profissão Solteira a autora reproduz uma nova geração de mulheres, que desafia a sociedade conservadora do Chile. “Acho que as mulheres chilenas ainda têm problemas de confiança, diferente das brasileiras. Nós somos mais inseguras e tentamos mais agradar do que ser agradadas. A sociedade chilena é mais rígida e nos ensina o que devemos ser, ou seja, uma gueixa para que os homens nos queiram. É uma sociedade que não valoriza o que desejamos ser. Mas, há ares de mudanças e vejo que as mulheres chilenas com menos de 25 anos estão mais livres. Muito se fala do fenômeno da juventude ‘pokemon’, descrita em reportagens publicadas pelo The New York Times e The Guardian, e que é caracterizada pelo despertar sexual precoce, que as distingue das gerações anteriores”, detalha a escritora.

Solstício de Verão, Edna Bugni (Brasil) - O universo feminino e as histórias comuns às mulheres de sua geração serviram de inspiração à médica ginecologista Edna Bugni, autora do livro Solstício de Verão. Estreante na literatura, a escritora brasileira Edna Bugni escolheu o gênero romance para dar vida às inúmeras histórias ouvidas e vivenciadas em anos de consultório. Como resultado, uma obra singular que mostra nitidamente o talento da autora em construir personagens densas, forjadas no cotidiano das mulheres brasileiras. A astronomia usa a palavra solstício para designar a posição do Sol no momento em que o astro-rei se encontra em determinado ponto. Mais do que isso, refere-se a uma posição exata. Solstício é uma sofisticada alegoria da qual a escritora Edna Bugni lança mão para contar uma saga feminina multifacetada, repleta de arquétipos primitivos, contemporâneos e pós-modernos que têm origem na geração que viveu, intensamente, o Brasil de 1968, marcado por manifestações estudantis, protestos contra o regime militar e profundas mudanças no cenário político e social.

No romance Solstício de Verão, a mudança de comportamento saboreada pelas mulheres dessa “safra” desemboca nos dias atuais em personagens que compõem o retrato feminino de um Brasil de muitas faces. Ao contrário do que o título possa sugerir, a obra não tem cunho místico; antes, apresenta o cotidiano de protagonistas muito próximas a mulheres reais – fêmeas que lidam de diferentes formas com a maternidade, a sexualidade, as escolhas, os sucessos e as “pequenas-tragédias-pessoais”. A narrativa, em primeira pessoa, expõe a coragem da autora em contar histórias partilhadas por uma geração, mas elaboradas de maneira particular, no ritmo ditado por características singulares – e complementares – das protagonistas. Já na introdução, Edna Bugni traz o fragmento de um segredo que será desvendado ao longo de 10 capítulos que retratam acontecimentos tecidos no presente – de 22 a 31 de dezembro – e no passado dessas mulheres. Solstício de Verão, uma obra para leitores que apreciam uma narrativa incisiva, inteligente e sensível. Um livro singular, uma história arrebatadora, um romance com todos os elementos para se tornar inesquecível.

Primavera Editorial - Com a proposta de associar a leitura ao entretenimento e lazer qualificado – assim como o cinema, teatro e artes plásticas –, a Primavera Editorial possui um catálogo peculiar, composto por obras de autores nacionais e estrangeiros que têm por linha-mestra a produção de uma literatura moderna e de qualidade ímpar, que evoca hábitos e costumes de diferentes povos e épocas; uma literatura instigante e criativa, que se transforma em uma maneira lúdica e pouco convencional de entender melhor a influência das culturas na formação dos povos. As principais características do catálogo – com diferentes linhas editoriais como romances históricos e sociais, ficção brasileira e estrangeira, policiais, entre outras – são a inovação e o pioneirismo dos conteúdos, além da qualidade da produção gráfica.

A editora é presidida por Lourdes Magalhães, executiva graduada em matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com mestrado em Administração (MBA) pela Universidade de São Paulo (USP) e especialização em Desenvolvimento Organizacional pela Wharton School (Universidade da Pennsylvania, EUA). Com experiência como consultora por 20 anos, a executiva atua no mercado editorial nacional e internacional desenvolvendo parcerias e contratos com agentes literários na avaliação de obras para a compra de direitos autorais, além de participar ativamente de feiras internacionais do setor. Lourdes Magalhães atuou em editoras consideradas referência no mercado como Ática, Scipione, Grupo Abril e Editora Brasiliense.

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