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20/03/2007 - 09:09

Por um mundo menos doente

“ Sustentabilidade não é apenas o assunto da moda; é um tema vital ao futuro do planeta”

No dia 22 de março, comemora-se o Dia Internacional da Água. É uma data propícia para que cada cidadão, empresa e entidade avaliem sua própria conduta em relação ao meio ambiente. Esse exame de consciência é um exercício constante aqui dentro da Abras, já que a entidade assume suas responsabilidades e trabalha intensamente na busca pelo desenvolvimento sustentável. Para nós, ações de responsabilidade ambiental e o cuidado para que toda a cadeia de produção adote princípios de sustentabilidade são preocupações constantes e que permeiam toda a nossa atuação.

Devido à sua imensa capilaridade e ao compromisso com a comunidade, os supermercados têm um papel importante nessa questão, que passa, inclusive, pela relação com fornecedores e prestadores de serviço. Todas essas operações devem ser desenvolvidas tendo em mente boas práticas sócio-ambientais. Da produção e transporte dos produtos à exposição ao consumidor – tudo deve ser debatido à luz da necessidade de ações ambientalmente corretas. E os supermercados têm o poder de ajudar grande parte da cadeia produtiva a adotar a sustentabilidade como política de gestão.

Quando nos referimos ao quesito perdas dos supermercados, por exemplo, estamos falando em 2,05% do faturamento que vão para o ralo, segundo dados da Abras referentes a 2005. Essa perda está relacionada a questões técnicas. Ou seja, com treinamento e aperfeiçoamento, nós podemos, sim, minimizá-las. E isso pode gerar bons resultados para o meio ambiente. Pegue o exemplo do tomate. Para produzir um quilo, são utilizados 1,2 mil litros de água. Quando um quilo de tomate estraga ou amassa por causa de transporte incorreto, mau acondicionamento ou pela exposição de maneira inadequada, toda essa água terá sido desperdiçada. Falar em menos perdas nos supermercados, portanto, é falar em sustentabilidade.

E não é somente dessa maneira que o setor pode contribuir. Há tantos outros exemplos, como no caso das embalagens de plástico não biodegradável e vidro. Todos sabem que esse tipo de material é nocivo para o ambiente se não houver cuidado com seu recolhimento e reciclagem. Cabe também aos supermercados, com o poder que detêm por ser a última ponta da cadeia, discutir a adoção (ou não) desse tipo de embalagem com toda a indústria, tendo como ponto de referência a questão da sustentabilidade.

A sociedade tem o costume de ver a questão ambiental de forma pontual: coleta de lixo reciclável, fechar torneira, desligar as luzes. Isso é, sem dúvida, fundamental. No entanto, os setores representativos da indústria e do comércio devem também discutir o processo de sustentabilidade a partir de um ponto de vista macro – visualizando a aplicação desse processo em toda a cadeia do negócio.

A Abras tem desempenhado esse papel, seja na construção de consensos entre os diferentes agentes da indústria, na tentativa de ter o melhor produto e o mais correto ambientalmente, seja na conscientização de seus filiados, com o objetivo de se tornar o setor com as melhores práticas de gerenciamento sustentável. E olha que nossa luta está apenas começando.

.Por: Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS)

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