Escola de Marketing Industrial ressalta importância de redes de confiança para ampliar negócios e melhorar resultados

Diante da falta de confiança em relação ao mercado e ao futuro, empresas precisam unir-se aos parceiros estratégicos para viabilizar negócios, ampliar e melhorar relacionamentos, o que por consequência trará resultados realmente valiosos.

Hoje já são percebidos no mercado movimentos voltados para unir todos ou a maioria dos elos das cadeias produtivas em torno de um mesmo ideal. Empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, por exemplo, têm investido umas nas outras para garantir a liquidez e permitir a continuidade dos negócios. Outras companhias com grande número de fornecedores e parceiros estratégicos estão conversando para obter votos de confiança, essenciais para se conseguir melhores condições de pagamento ou renegociar acordos anteriormente fechados.

Mas estas ações ainda são poucas, segundo o Professor José Carlos Teixeira Moreira, presidente da Escola de Marketing Industrial, instituição responsável pela disseminação do conceito de marketing industrial e pela formação e aperfeiçoamento dos profissionais pertencentes às camadas decisórias das corporações. Segundo ele, se instaurou uma espécie de pânico coletivo, no qual a maioria não enxerga a luz no final do túnel.

Implorar por pedidos, reduzir custos de maneira abrupta, buscar mais recursos de crédito rotativo ou demitir profissionais em massa de maneira imprensada não são soluções sequer razoáveis neste momento. “Agora, mais do que nunca, as corporações precisam valorizar e buscar sua essência em sua história e missão para rever o planejamento estratégico se necessário e definir quais são parceiros comerciais e os talentos imprescindíveis ao negócio”, afirma Teixeira Moreira.

Segundo ele, é hora de se unir e de conversar com fornecedores, prestadores de serviços e profissionais. A idéia é buscar parceria, entrosamento e comprometimento para que todos sejam beneficiados quando a tempestade passar. Os profissionais mais capacitados são essenciais na definição de objetivos, metas e ações, podendo utilizar em favor da companhia seu poder de motivação e de persuasão dos demais colaboradores.

Os parceiros estratégicos, como fornecedores, prestadores de serviços, acionistas, clientes ou braços financeiros, precisam e estão interessados em dar sua contribuição para aumentar a produtividade, reduzir os custos, melhor aproveitar recursos e, é claro, revisar condições de pagamento, renegociação de cláusulas contratuais, etc.

“O que é melhor trabalhar e ter a receber de quem se confia no futuro? Ou não trabalhar? A vida está ligada a movimentos. Se você para, reduz o movimento e diminui o ritmo da vida. As empresas de toda cadeia produtiva precisam agora fazer o negócio girar para atender necessidades legítimas dos clientes e da sociedade”, enfatiza Teixeira Moreira.

As empresas que estão conscientes disto são as responsáveis pelos primeiros esforços de estabelecer reais vínculos de cooperação e de confiança com os demais membros de suas cadeias produtivas. Além disso estão investindo para preparar seus talentos para que aperfeiçoar características capazes de auxiliar nas atuais situações críticas e estarem mais aptos a colocar as companhias nos eixos para que saiam fortalecidos deste momento crítico, que certamente será seguido por uma fase de prosperidade.