Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

20/03/2007 - 09:12

Água: será que acaba?

As águas de Siloé, na Palestina, regam Jerusalém. Na Bíblia, lemos que desde a criação do mundo “o Espírito de Deus pairava sobre as águas” (Gen 1,2). Jesus Cristo se apresenta como Senhor e fonte das águas: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba” (João 7,37-39).

O máximo que um ser humano consegue sobreviver sem água são três dias. Sem comida, 28 dias. Não é redundante afirmar que a vida depende da água. Essa constatação aponta para a urgência de cuidar, economizar e educar para uma cultura de preservação e conscientização. É caso de vida ou morte.

O Planeta Água está morrendo de sede. Sede de pessoas que valorizem esse bem público e natural que temos. Homens e mulheres que estejam conscientes, mas livres de alarmismos estéreis e apocalípticos. Atualmente, 11 países da África e nove do Oriente Médio sobrevivem quase sem água. México, Estados Unidos, Índia e China estão em situação crítica. O que fazer? Abusar menos. Preservar mais. Refletir, agir e abandonar o indiferentismo que geralmente se observa na maioria das pessoas quando campanhas de educação ambiental são inauguradas.

Chegamos a esse ponto porque nos iludimos, pensando que a água nunca acabaria. Desperdiçamos. Poluímos. Adiamos projetos. Esquecemos que muitas culturas só se desenvolveram por causa da água. Agricultura. Navegação. Geração de energia. Transporte. Alimento. Criação de animais terrestres e aquáticos.

Para a maioria das religiões, a água tem um valor sagrado, comunitário e ritual. Isso inclui o hinduísmo, cristianismo, judaísmo, islamismo, xintoísmo. Água para beber. Sobreviver. Rejuvenescer. Batizar. Purificar. Expulsar o mal. Agitada, é maldição e desordem. Calma, é bênção e ordem. No continente asiático, ela manifesta a origem da vida e a renovação corporal e espiritual. Simboliza fertilidade, pureza e sabedoria.

Se o planeta continuar sendo tratado do jeito que está, ficaremos sem água. O que fazer? A ação precisa ser conjunta: família, escola, empresas, mídia, governo. Promover, incentivar, sensibilizar, e se comprometer com ações de educação ambiental. Economizar. Valorizar. Tratar. Transpor mananciais. Revitalizar outros. Investir na dessalinização do mar e saneamento básico. Armazenar água da chuva. Publicar artigos em jornais e revistas. Textos que possam ser trabalhados em sala de aula. Vídeos que os pais possam contribuir com a formação de opinião dos filhos. Filmes produzidos e exibidos nas TVs abertas.

É urgente a criação de políticas públicas que não fiquem apenas no papel, assim como o incentivo à pesquisa universitária e a difusão do conhecimento científico nas diversas áreas sobre a temática da água. Essas são algumas ações que podem ser feitas para que o problema vá se resolvendo aos poucos. Não há solução fácil para problema difícil.

.Por: Diego Fernandes, autor do livro Fala sério! É proibido ser diferente? e apresentador da TV Canção Nova. Blog: http://diegofernandes.blogspot.com

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira