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03/03/2009 - 11:13

Mascotes: Ainda vale a pena para o varejo?


Tem gente que acha brega. Tem gente que acredita que é um artifício que não funciona mais, ainda fruto de idéias já ultrapassadas. Mas será que ainda vale a pena trabalhar com mascotes?

Primeiramente, o que é uma mascote?

Mais do que apenas representar de alguma maneira a marca, cada aspecto da mascote está diretamente relacionada a algum aspecto da marca e da imagem que esta deseja passar ao seu consumidor. Desde o sorriso ou a postura do boneco no desenho, até mesmo as cores e o tipo de traço no qual será representado. Tudo isso faz parte do universo que constrói ou destrói sua marca.

A indústria sempre soube utilizar e bem a questão das mascotes. Quem não se lembra da Galinha que representava a marca de caldos em pó, ou do até mesmo do Tigre que representa os cereais matinais? Mais do que simples desenhos, as mascotes às vezes tornam-se mais famosas que o próprio produto em questão.

Dentro do varejo, não faltam casos de sucesso, como o Baianinho, da Casas Bahia. Mesmo em tempos modernos, a mascote ganha um banho de loja com traços atualizados, mas nunca perde sua essência.

Mas quando é cabível a utilização de uma mascote no varejo?

Os avanços do design digital criaram conceitos limpos e simples de logotipos e marcas. Parece que tudo foi abandonado e que hoje só vale a pena criar logotipos frios, com aspectos modernos. Traços retos substituem desenhos rebuscados e cores simples são substituídas por tonalidades Pantone, buscando exclusividade e originalidade no mercado.

Acredito que o uso de maneira correta da mascote se refere única e exclusivamente ao posicionamento de sua loja. Se sua loja é elitizada, possui um perfil de produtos de qualidade e sofisticação, acredito que não é o caso de buscar criar algo desse gênero. Entretanto, penso que para lojas de perfil popular, a idéia ainda se mostra válida.

Já é notório que uma das premissas básicas de um varejo popular é a de criar simpatia e empatia junto ao consumidor. E uma boa personagem pode ser a chave necessária para a criação dessas características. Além de criar uma simpatia pela marca, uma boa mascote pode despertar a "criança interna" de seu consumidor.

Imagine também que ela poderá lhe servir como seu garoto-propaganda. Se empresas que não utilizam esse artifício têm de buscar na contratação de atores e atrizes a humanização de suas mensagens e vinhetas promocionais, possuir uma mascote pode resolver seus problemas nesse sentido definitivamente.

Isso não significa que você tenha que sempre utilizar a personagem criada, entretanto, ela poderá sempre estar estampada em cartazes, tablóides ou splashes, trazendo vida e alegria em seu ponto-de-venda.

Na hora de criar uma mascote, não se esqueça:

- Ao utilizar animais ou pessoas, busque alguma característica que represente sua marca, seja um referencial ao nome ou a alguma característica do animal/personagem propriamente dito.

- O ideal é que a personagem sempre carregue as cores do logotipo ou da identidade visual da empresa em sua composição, por exemplo, nas roupas que utiliza.

- A postura é essencial: mostrar um grande sorriso, os braços abertos na forma de convite, ou até mesmo um ar de superioridade, com o peito estufado, pode criar a imagem que você precisa para sua marca.

- O traço ou maneira como o desenho é representado também é importante. Contornos leves e arredondados criam desenhos simpáticos. Imagens sem contornos ou imagens em 3D criam desenhos e identidades de perfis mais modernos.

- Não é necessário que o desenho da personagem traga a marca estampada, mas é interessante que a marca sempre busque trazer a mascote, quando possível.

. Por: Caio Camargo, Arquiteto especializado em PDV e Varejo e também autor do blog 'Falando de Varejo' (http://falandodevarejo.blogspot.com), onde dá dicas e responde a perguntas sobre merchandising, atendimento e marketing de varejo.

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